Estádio atleticano sem grana pública e sem Copel

Concentrado em tentar viabilizar financeiramente a Copa do Mundo 2014 na Arena da Baixada, o governador do Estado do Paraná, Orlando Pessuti, antecipou qual será o foco da conversa que terá segunda-feira com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e também com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Segundo ele, governo, prefeitura e iniciativa privada vão buscar a adequação do estádio atleticano ao caderno de encargo da Fifa sem dinheiro público.

A estratégia foi traçada após uma série de reuniões entre autoridades máximas de governo, prefeitura, Assembleia Legislativa e Atlético. As conversas começaram quinta-feira, mas apenas ontem foram encerradas. “Essa solução definitiva não depende apenas de nós. Nossa ideia é que, ao invés de patrimônio de diretores do Atlético ou o próprio estádio (Arena da Baixada), se aceite como garantia do empréstimo o ativo ofertado pela prefeitura, que é o potencial construtivo”, disse o governador.

Para isso, será informado ao Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 que uma operação envolvendo o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será tentada em Brasília, como a Tribuna antecipou na edição de ontem. Os títulos de potencial construtivo oferecidos pela prefeitura ao Atlético seriam dados como garantia no BRDE, que faria o empréstimo junto ao BNDES. “O desfecho é positivo. Iremos cumprir compromissos que assumimos, de o Atlético, governo e prefeitura fazerem suas obras. Planos B, C, D e E estão fora de cogitação”, destacou Pessuti.

Mesmo a questão da possibilidade de naming rights da Copel (Companhia de Energia Elétrica do Paraná) será deixada de lado. “Estamos resolvendo por outros caminhos. Não posso oferecer recursos da Copel, pois não tenho autorização legislativa”, explicou.