A voz do coração

Entre erros e acertos, o desempenho do Furacão tem melhorado

Em uma primeira olhada, a frieza dos números não cativa. Nos primeiros nove jogos do Brasileirão, o Atlético venceu três, empatou quatro e perdeu dois, chegando aos 13 pontos e alcançando a 11ª colocação. Analisando as estatísticas pela ótica do otimismo, vemos o Furacão com cinco jogos de invencibilidade e a apenas três pontos do G4. Entre erros e acertos, o desempenho do time tem mostrado que dias melhores estão por vir.

O Paraná Online ouviu alguns especialistas para construir um cenário, que se não for preciso, é justo na medida da paixão. Ninguém melhor que os torcedores para dar opinião sobre seu time do coração. Coração, aliás, que bate mais forte em dias de jogos, mas que nem por isso cega diante das limitações e dificuldades que a equipe enfrenta.

Pontos positivos

Para Leandro Sabóia, um dos editores do site Furacão.com, o time estreou bem. “Vencer na estreia foi um fator positivo, já que isso não acontecia desde 2008, quando o time derrotou o Ipatinga por 1×0. Ainda mais contra o forte time do Grêmio”, contou. Só que esse resultado também criou o 1º ponto negativo do balanço. “Esse resultado deu sobrevida a Miguel Ángel Portugal, que mesmo depois da péssima campanha na Libertadores, foi mantido no comando técnico”.

A saída do treinador, inclusive, é o grande destaque para Anderson Felipe Matheus, um dos diretores da torcida Os Fanáticos. “A equipe cresceu muito após a saída de Portugal. Além disso, é bom destacarmos o ótimo desempenho fora de casa”, exaltou. Segundo o blogueiro do GloboEsporte.com, Juliano “Fusketa” Lorenz, a 1ª parte do campeonato apresentou mais pontos positivos do que negativos. “A utilização frequente dos jovens é um dos diferenciais positivos que a equipe apresenta. Eles já se mostram mais maduros, ganharam experiência e estão muito unidos. Prova disso é que não há destaque individual. Todos estão colhendo os frutos do trabalho de Leandro Ávila”, afirmou.

Fazer o simples também pode ser uma ótima alternativa. Pelo menos é o que acredita Rogério Andrade, também da Furacão.com. “Fazer o simples é fazer o certo e o comando de Leandro Ávila deu ao Atlético a tranquilidade necessária para acertar as coisas dentro de campo. O Atlético cresceu, ganhou corpo e confiança e deixou para trás mais um capítulo de técnicos estrangeiros”, falou.

Pontos negativos

“Independente dos motivos, a perda de Manoel foi péssima. A necessidade de contratar um substituto é evidente”, explica Sabóia. Para ele, o time errou ao optar por estádios distantes durante a punição do STJD. “Decepcionante a diminuta presença de público como mandante. Talvez tenha havido erro de julgamento na escolha dos estádios”.

Já Fusketa acredita que o time perdeu com o afastamento de alguns jogadores. “Os problemas extra-campo com alguns atletas, entre eles Manoel, nos fizeram perder muita qualidade técnica e isso, além dos erros de arbitragem, nos custou uns pontos na competição”. A arbitragem também foi mencionada por Anderson Felipe, da Fanáticos, como o grande ponto negativo.

Para Rogério Andrade, da Furacão.com, a manutenção de Portugal foi decisiva. “O que mais contribuiu negativamente para o rendimento do Atlético, sem dúvida alguma, foi a manutenção do Portugal. Eram evidentes as falhas de organização tática, os erros nas substituições e, principalmente, a falta de liderança”, disse.