Denúncia pode tirar mando de campo do Atlético

Depois de o Santos perder o mando de duas partidas no campeonato brasileiro devido a um copo d?água atirado dentro da Vila Belmiro, agora é a vez do Atlético sentar no banco dos réus e correr o risco de também ter que sair da Arena para mandar seus jogos. A procuradoria do STJD acatou a denúncia feita no programa Terceiro Tempo, da Rede Record, e vai indiciar o Rubro-Negro por distúrbios acontecidos na partida conta o Atlético-MG. Nesse jogo, foram jogados, justamente, um copo d?água e um rolo de papel higiênico. O árbitro da partida, Giuliano Bozzano, também será julgado por negligência.

“Haverá uma diligência em relação à solicitação da fita, providenciamos a baixa da súmula e estará sendo formulada a denúncia em relação aos fatos noticiados pelo programa de tevê da Rede Record”, disse à Rádio Paraná o procurador do tribunal, Paulo Smith. Segundo ele, mesmo não tendo sido relatado na súmula e passado tanto tempo, o STJD pode punir o Atlético. “O Código Brasileiro de Justiça Desportiva permite e prevê que qualquer pessoa possa prestar informações à procuradoria para que ela tome as providências necessárias”, apontou.

Isso quer dizer que o clube entrará em pauta no STJD e correrá o risco de perder o mando de campo de uma a três partidas ainda neste Brasileirão. Pelo andar dos julgamentos no tribunal, o Rubro-Negro deverá ir a júri na próxima semana. Junto com o clube, o árbitro da partida também terá que dar explicações. “O árbitro será denunciado pela omissão. Nós temos um artigo específico para esta situação, que é deixar de relatar as ocorrências para esta partida”, revelou.

Dagoberto usa exemplo de Washington para reagir

Poderia ser o drama da vida do atacante Dagoberto, mas ele vai usar um exemplo bem próximo para superar mais esse obstáculo. Aos 21 anos, estrela do Atlético, com uma carreira promissora e sendo observado para a seleção brasileira, o jogador rompeu os ligamentos do joelho esquerdo no clássico contra o Paraná Clube, domingo e terá que ficar cinco meses fora dos gramados.

Ruim? Sim. Mas, seguindo os passos de Washington, seu companheiro de ataque no Rubro-Negro, o artilheiro espera driblar mais esse adversário e retornar com tudo no ano que vem.

“Todo mundo viu o que ele passou e a pessoa que ele é também. Eu admiro muito a pessoa querida que ele é por todos. Ele me ligou ontem, conversou bastante comigo e ele, com certeza, é um exemplo”, elogia Dagoberto. Bem disposto e sem mostrar desânimo em nenhum momento, ele recebeu a reportagem ontem na sua casa e não cansou de elogiar o colega. “O que aconteceu com o Washington foi diferente e foi muito mais grave e ele está hoje aí fazendo gols e dando alegria para todo mundo. E o meu, eu vou tirar de letra, com certeza”, projeta.

Ainda fresco na memória, ele relembrou o lance da contusão. “Na falta (que ele fez em Marcel), eu senti, mas não sei se foi ali onde ocasionou bem a lesão. Eu senti, mas voltei e estava legal. Aí num lance em que eu driblei, senti bastante”, explica. O chefe do departamento médico, Edílson Thiele, chegou a comparar a contusão de Dagoberto com a de Ronaldinho. “Eu joguei todo o peso para cima da perna esquerda e foi uma dor muito forte. Senti um nervo arrebentando, uma coisa estourando e doeu bastante”, revela.

De qualquer forma, o dia seguinte à contusão foi de muita calma. Segundo ele, o apoio da família e dos amigos tem sido fundamental para que esse momento possa ser superado o mais breve possível. “Eu tenho os amigos como o Washington, como o Marquinhos (assessor especial), o André Luís, que a toda hora me liga lá do CT, o Fabiano, o Bruno Lança, o Maculan (Alberto, diretor de futebol). Além disso, estou nas mãos do Edílson, que é um excelente médico e, se Deus quiser, tudo vai dar certo”, finaliza.

Ontem, ele iniciou o processo de fisioterapia, ainda com o joelho inchado e na próxima semana ele passará por uma cirurgia para a reconstrução do ligamento cruzado posterior do joelho esquerdo. O prazo inicial para a volta aos gramados é de cinco meses.

“Adotado” por Ratinho

Um jogador prestes a ser convocado para a seleção brasileira, jovem, talentoso, sem confusões fora de campo e ligado à família. Esse perfil levou o apresentador do SBT, Carlos Ratinho Massa, a apostar em Dagoberto, do Atlético, para ser o carro-chefe da sua empresa de gerenciamento de jogadores. O contrato foi assinado sexta-feira.

“Ele vai administrar a minha carreira. Ele é um cara muito amigo, eu conheço ele há muito tempo. Ontem (domingo), conversamos bastante”, disse o jogador. Pelo contrato, a empresa de Ratinho passa a ser a procuradora do jogador nos contratos a serem firmados daqui em diante. A atuação do apresentador já iniciou, mesmo com o jogador contundido. “Ele colocou tudo que ele tem em mãos à disposição para me ajudar”, destacou. O apresentador teria, inclusive, colocado seu avião particular para o jogador se tratar em São Paulo.

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