Davis: Brasil ameaçado para 3.ª divisão

Costa do Sauípe – Pior do que perder para o Paraguai, jogando em casa, em pleno sol da Bahia, na Costa do Sauípe, é o futuro do Brasil na Copa Davis. Está agora ameaçado de cair para a 3.ª divisão, deixando o sonho de voltar ao Grupo Mundial, ainda mais distante, talvez possível apenas em 2005. Sem técnico – Carlos Chabalgoity já colocou seu cargo à disposição – e sem saber com quais jogadores poderá contar, terá de enfrentar a Venezuela, jogando em Caracas, de 16 a 18 de julho na repescagem do rebaixamento. As eleições na CBT, marcadas para 15 de maio, estão incertas, com os comentários nos bastidores da possível interpelação de liminares.

Se o Brasil não tiver um time forte e perder para a Venezuela em julho, irá disputar o descenso, de 24 a 26 de setembro, diante do vencedor de outro confronto entre Peru e Equador. Enfim, os grandes momentos da Davis brasileira, em mais de dez anos de disputas com adversários de tradição e com jogadores bem colocados no ranking mundial, agora passam a outra realidade.

Esta nova situação já foi vivenciada este fim de semana no Sauípe. O Brasil mostrou-se incapaz de derrotar uma equipe que conta apenas com um destaque: Ramon Delgado. Tenista colocado apenas na posição de 191 do mundo transformou-se em herói de seu país. Jogou três partidas e marcou dois pontos. Venceu Júlio Silva no primeiro dia e, ontem, marcou o ponto decisivo ao derrotar Alexandre Simoni por 3 sets a 0, parciais de 6/1, 7/6 (8/6) e 6/3, em 3h08 de jogo. Ainda em outro jogo, Júlio Silva venceu Daniel Lopez por 6-1, 3-0 e abandono.

Política

Nessa guerra política do tênis, quem saiu perdendo foi o esporte, que agora vive uma situação delicada. Para o próximo confronto, em julho diante da Venezuela a situação está incerta. As eleições na CBT estão marcadas para 15 de maio, mas devem correr liminares que podem adiar o pleito. Assim, o Brasil volta a viver a ameaça de não ter uma boa equipe para colocar em quadra.

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