Maracanã 70 anos: dez momentos do futebol paranaense no Maior do Mundo

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Como diria o poeta, Maracanã é Maracanã. Foto: Divulgação

O mundo celebra os 70 anos do Maracanã. Chamado de Maior do Mundo, mesmo que hoje já não seja mais o estádio com maior capacidade no planeta, o grande palco do futebol brasileiro e mundial continua mexendo com o nosso imaginário. Quem foi sabe o impacto que é chegar ao Mário Filho. Quem não foi ainda sonha em conhecer o Maraca.

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Tive a chance de ir pela primeira vez como espectador. Tava rolando um congresso de jornalismo no Rio de Janeiro e quase metade da minha turma na PUC foi. E eu e mais dois colegas, Juliano e Ruy, decidimos conhecer o Maracanã. Tinha um esquema de excursão no hotel e fomos assistir a Flamengo x Corinthians. Era 8 de setembro de 1996. O jogo foi uma droga, mas a emoção de estar lá ainda é indescritível.

+ O risco do ‘passo atrás’ do futebol

Pra homenagear o Maracanã e puxar a brasa pra nossa sardinha, escolhi dez partidas marcantes – quase todas vitórias ou conquistas. Vamos viajar no tempo no Maior do Mundo!

Flamengo 0x1 Coritiba, Maracanã, 25/02/1973

Na jornada que levou o Coritiba ao título do Torneio do Povo de 1973, teve vitória no Maracanã. Foi um triunfo decisivo, inclusive, numa tarde de domingo. Foi o duelo entre Zagalo, então campeão do mundo com a seleção brasileira, e Elba de Pádua Lima. E de novo Tim, uma raposa do futebol, levou vantagem sobre o Velho Lobo. Coxa 1×0, gol de Zé Roberto.

A capa do caderno de esportes do jornal O Globo. Foto: Reprodução/O Globo

Fluminense 0x1 Coritiba, 20/08/1975

Foi o primeiro jogo do Fluminense após a conquista do Campeonato Carioca de 1975. Era a famosa Máquina Tricolor, com Marco Antônio, Carlos Alberto Pintinho, Gil, Rivelino e Paulo César Caju. Mas foi Maizena, um jovem em quem o Coritiba apostava muito, quem decidiu o jogo no Maracanã. Do time campeão do Torneio do Povo, Jairo e Nilo ainda eram titulares, e Aladim e Krüger entraram no segundo tempo.

Maizena, a estrela do Jornal do Brasil. Foto: Reprodução/Google Books

América 1×2 Athletico, 13/04/1983

Antes de encarar o mata-mata do Campeonato Brasileiro de 1983, o Athletico eliminou Colorado, Atlético-MG e América em um quadrangular. E Washington e Assis brilharam pela primeira vez no Maracanã na vitória sobre o América, que tinha uma equipe bastante respeitável à época. Os gols do Casal 20 e a presença sempre decisiva de Roberto Costa fizeram o Furacão sair do Maracã com os dois pontos.

O destaque, claro, é de um jornal carioca, no caso o Jornal dos Sports. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

Bangu 1×1 Coritiba, 31/07/1985

O jogo mais importante da história do Coritiba foi no Maracanã e foi tratado bastante nos últimos dias por aqui – teve a análise tática da final do Campeonato Brasileiro de 1985 e uma homenagem aos campeões ‘invisíveis’. Apesar do ‘oba-oba’ do Bangu nos dias que antecederam aquela decisão, a cobertura dos jornais foi bastante sóbria.

O jornal O Globo de 1º de agosto de 1985. Foto: Reprodução/O Globo

+ CBF tem protocolo pra volta aos jogos. Mas será que conseguimos aplicar?

Botafogo 0x2 Athletico, Maracanã, 09/11/1988

Um dos jogadores mais técnicos da história do Athletico foi o dono do Maracanã na vitória sobre o Botafogo por 2×0, em jogo válido pela Copa União de 1988. Carlinhos, o Sabiá, decidiu a partida com duas assistências, uma para o volante Cacau e outra para o ponta Serginho. Em campo pelo Furacão também estavam Marolla e dois hoje treinadores – Adílson Batista na zaga e Roberto Cavalo no meio-campo.

A matéria do Jornal do Brasil em 10 de novembro de 1988. Foto: Reprodução/Google Books

Flamengo 1×0 Londrina, 30/04/1993

É o único jogo da lista com derrota, mas a lembrança é válida por ser um dos bons momentos da história do Londrina. Após eliminar o Internacional, o Tubarão foi ao Maracanã enfrentar o Flamengo. Era a ida das quartas de final da Copa do Brasil de 1993. E o LEC já tinha assombrado o Rio de Janeiro em 1977, quando venceu o Vasco em São Januário. Mas naquela noite não deu, mesmo com a grande atuação do goleiro Carlão. E, apesar da pressão no estádio do Café, os cariocas se classificaram.

A capa do Jornal dos Sports em 1º de maio de 1993. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

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Flamengo 1×4 Paraná, Maracanã, 13/10/1996

Claro que para a imprensa do Rio era um ‘vexame’, mas na verdade foi uma das grandes partidas da história do Paraná Clube. Diante de um Flamengo com Júnior Baiano, Ronaldão, Marques, Bebeto e Aloísio Chulapa, o Tricolor não tomou conhecimento do Maracanã e aplicou 4×1, com grande atuação de Régis, do volante Reginaldo e do atacante Silva. Foi um passeio paranista.

A capa de O Globo em 14 de outubro de 1996. Foto: Reprodução/O Globo

Botafogo 1×3 Paraná, 28/03/2002

Tratei desse jogo quando do confronto de ida entre os dois clubes na Copa do Brasil – parece que foi há um tempão, mas foi em março. Foi uma grande vitória do Paraná sobre o Botafogo no Maracanã em uma noite de quinta-feira, com atuação de gala de Marquinhos.

A vitória do Tricolor no Maracanã nas páginas de O Globo. Foto: Reprodução/O Globo

Flamengo 0x3 Paraná, 05/10/2003

Os incautos poderiam achar que a goleada do Paraná sobre o Flamengo em 1996 foi um ‘aborto da natureza’. Mas em 2003 teve de novo sucesso paranista no Maracanã. Dessa vez por 3×0, com aquele time que está na memória da torcida tricolor. E que entrou em campo sob os efeitos de uma intoxicação alimentar que afetou boa parte do elenco. Fernandinho, Caio, Marquinhos e Renaldo comandaram a festa.

Vitória paranista em duas páginas do Jornal dos Sports. Foto: Reprodução/Biblioteca Nacional

+ A volta de Athletico, Coritiba e Paraná ao mercado

Fluminense 0x2 Athletico, 28/11/2018

O Athletico promoveu uma aula de tática e de qualidade na semifinal da Copa Sul-Americana de 2018. No Maracanã, controlou o Fluminense e venceu por 2×0 naquela noite de quarta-feira. Marcelo e Bruno Guimarães brilharam, mas Nikão foi o dono do jogo. Foi uma vitória que confirmou o momento de transformação rubro-negro, que só se intensificou dali por diante.

A festa rubro-negra no Maracanã. Foto: Albari Rosa/Arquivo

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