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Elenco do Coritiba sai em defesa de Sandro Forner: “Todos tem responsabilidade”

Sandro Forner vem sendo cobrado pela torcida do Coxa, mas conta com o apoio do elenco. Foto: Albari Rosa

A pressão em cima do Coritiba para o jogo desta quarta-feira (14), contra o Goiás, que acontece às 19h30, no Couto Pereira, passa diretamente pelo comando da equipe. Contestado por seu trabalho, o técnico Sandro Forner corre o risco de perder o cargo caso o Alviverde não passe para a quarta fase da Copa do Brasil.

O time precisará reverter a derrota por 1×0 que sofreu no jogo de ida, no Serra Dourada. O presidente Samir Namur anunciou que logo após ao jogo dará uma entrevista e a expectativa é que ele anuncie reforços no elenco, mas, talvez, possa comunicar uma alteração no comando em caso de um novo tropeço, que seria o quinto consecutivo.

Apesar da sequência de quatro jogos com derrota, o goleiro Wilson destacou que a obrigação de apresentar um bom futebol não depende somente do trabalho do técnico.

“Toda essa cobrança só em cima do treinador não acho justo. Lógico que ele tem sua parcela, mas a cobrança também está em cima dos jogadores. Todo mundo tem sua responsabilidade. Qualquer treinador que tiver quatro derrotas seguidas vai ser cobrado, assim como os jogadores também. A gente também tem essa consciência, sabemos que temos que melhorar muito”, explicou o capitão coxa-branca.

O meia Julio Rusch, que já trabalhou com Forner nas categorias de base do Alviverde, também saiu em defesa do treinador e reforçou o trabalho que vem sendo feito.

“O Sandro é um cara esforçado, que estuda bastante. Ele tem a filosofia dele de trabalhar. Acho que a paciência da torcida se esgotou um pouco, mas tem que ter paciência. Como ele comentou em uma entrevista, tem pouco tempo de treinamento e realmente isso afeta o modo de trabalho, porque o jeito que o Sandro gosta de jogar precisa de bastante treinamento. Como pessoa não tem o que falar, um cara excepcional. A gente está fechado com o Sandro, independente do que acontecer”, destacou o atleta de 20 anos.

Os dois jogadores acreditam que a mudança na postura da equipe dependerá de todo o grupo. Para Rusch, Forner ainda não teve tempo e nem condições de mostrar seu trabalho.

“Está bem claro o perfil que o professor Sandro gosta de jogar. Falta sim, propor mais o jogo, já fui torcedor, sei que a paciência uma hora acaba, mas é ter paciência porque o planejamento que o clube ofereceu é esse. Nesses jogos os atletas foram testados, alguns titulares foram poupados. Acho que a torcida tem todo o direito de cobrar e nós temos que dentro de campo demonstrar que a gente pode fazer diferente”, explicou o volante, referindo-se aos testes no elenco que o técnico se viu obrigado a fazer.

Wilson quer ver a partir deste duelo com o Goiás a melhora do time em campo e afirmou que a vitória poderá mudar o cenário de cobrança.

“Falei isso depois da conquista do primeiro turno, que mesmo com a conquista tínhamos que melhorar, porque tinha muita coisa pela frente. Continuo com esse pensamento de melhorar cada vez mais, retomar o caminho da vitória, principalmente neste jogo, para dar uma sequência mais tranquila para nós, para o treinador, para a diretoria, para todo mundo que faz parte do futebol do Coritiba”, finalizou o camisa 84.