Que arrancada

Derrota no Atletiba foi o pontapé inicial pra recuperação do Coritiba

No primeiro clássico do ano, Coxa perdeu pros reservas do Furacão. Tropeço que serviu pra unir o grupo. Foto: Arquivo

O clássico Atletiba, por si só, tem o poder de mexer com a cidade, com jogadores e com as torcidas dos dois maiores clubes do Estado. Tem também a magia de transformar realidades, tanto para o bem, quanto para o mal. Foi isso que aconteceu com o Coritiba, ainda na primeira fase do Campeonato Paranaense. A derrota por 2×0 para a equipe reserva do Furacão, na Arena da Baixada, no dia 1º de março, foi o pontapé de partida que o elenco alviverde precisava para dar um basta na má fase e escrever uma nova história para a continuidade da temporada. Não à toa, os dois clubes se enfrentam neste sábado (3), no Couto Pereira, vivendo momentos diferentes com relação àquele jogo do Estadual.

Foi, sim, uma derrota amarga, dolorida e difícil de engolir, principalmente para o torcedor do Coritiba. Ali, as esperanças de uma reviravolta na temporada, apesar da recente troca no comando técnico (saiu Paulo César Carpegiani e entrou Pachequinho), eram muito pequenas. No futuro, a torcida vislumbrava mais um ano sofrido, sem títulos e de sofrimento no Campeonato Brasileiro.

Apesar do revés sofrido para o time reserva do maior rival, foram vistos pontos positivos naquela partida. Na oportunidade, Pachequinho, interino até então, e o diretor de futebol do Coxa, Alex Brasil, foram aos microfones para falar de um pacto feito ali mesmo no vestiário da Arena. Elenco, comissão técnica e diretoria se fecharam e garantiram que o título do Campeonato Paranaense seria do Coritiba.

Promessa feita e cumprida. Muito também pela nova cara que o treinador conseguiu dar ao time. Depois daquela derrota para o Atlético, o Verdão entrou em campo mais 15 vezes. Conseguiu, em duelos pelo Campeonato Paranaense e início do Brasileirão, dez vitórias, dois empates e três derrotas, com rendimento de 71%.

No Estadual, o Coritiba, que chegou a ter um dos piores aproveitamentos ofensivos do torneio, se arrumou e conseguiu grandes resultados até chegar na final. Diante do próprio Furacão, na decisão, o Coxa provou sua força, venceu por 3×0, na Arena da Baixada, e confirmou o título ao empatar sem gols no Couto Pereira.

Conquista que tirou o Coritiba da fila e que foi determinante para a diretoria efetivar, enfim, Pachequinho como comandante para a sequência da temporada. Nada mais justo, já que o treinador já tinha provado a qualidade do seu trabalho e terá a missão de, no Brasileirão, levar o Alviverde a uma campanha sem instabilidade e que, sobretudo, passe longe de lutar contra o rebaixamento à Série B.

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“A nossa expectativa é de ser um ano muito melhor do que foram os anos anteriores. E, para que isso aconteça, é fundamental o nosso dia a dia com estes atletas, a união que temos aqui. O nosso ambiente é muito bom para trabalhar. O atleta sai de casa, ele vem com prazer treinar. Então, isso une muito, traz resultados dentro de campo e esta união vai para os jogos. Isso é muito bom. Outro aspecto que eu vejo que é muito bom e diferente dos anos anteriores é o nível do elenco. Hoje você pode fazer algumas alterações sem cair tecnicamente a equipe”, destacou o treinador.