Realidade

Coritiba volta a vencer, mas vê caminho longo de “reconciliação” com a torcida

A torcida cobrou, não gostou da atuação e protestou muito, mas pelo menos viu a primeira vitória do Coxa em seis partidas. Foto: Albari Rosa

“Eu sinto saudade de quando o Coxa jogava com vontade”. A faixa estendida pela torcida do Coritiba na vitória por 1×0 sobre o Cianorte, sábado (17), no Couto Pereira, retrata bem a realidade do time coxa-branca na temporada. Rebaixado no final do ano passado à segunda divisão do Brasileirão, o Verdão, até agora, não deu nenhuma perspectiva ao seu torcedor que pode, já em 2018, retornar à elite do futebol nacional. No Estadual, entrou em campo já eliminado da Taça Caio Júnior, venceu o Leão do Vale, mas não convenceu e saiu vaiado novamente de campo.

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“Não lembro nesses anos anteriores de uma cobrança tão incisiva como tem sido agora, com resultados que eu não preciso falar aqui. Mas a gente respeita a torcida. Para eles, hoje poucos jogadores servem, mas tem que lembrar que são esses atletas que representam o Coritiba. Se o torcedor acha que eles realmente não têm capacidade para estar aqui ou não, a gente respeita. Mas hoje acredito que todos que estão aqui, estão procurando dar o seu melhor. Entendemos as críticas, mas uma cobrança exagerada não vai fazer o time melhorar”, afirmou o técnico Sandro Forner.

Os goleiros de Coritiba e Cianorte, na verdade, fizeram a diferença e influenciaram diretamente na vitória alviverde que, em termos de classificação, não aliviou em nada a situação do clube. Wilson, ídolo coxa-branca, mais uma vez fez milagres. Não apenas com grandes defesas com a bola rolando, mas também, no final do primeiro tempo, quando o Léo Andrade cometeu uma penalidade de forma infantil, o camisa 84 e capitão do Verdão defendeu a cobrança do experiente Richarlyson.

Lela foi homenageado no intervalo. Um dos poucos momentos de festa no Couto Pereira. Foto: Albari Rosa
Lela foi homenageado no intervalo. Um dos poucos momentos de festa no Couto Pereira. Foto: Albari Rosa

Do outro lado, o goleiro João Gabriel, que no meio de semana, diante do Internacional, pela Copa do Brasil, havia defendido uma cobrança de pênalti de D’Alessandro, foi o protagonista do gol da vitória do Coritiba. Na verdade foi uma lambança pouco vista no futebol. Logo aos dois minutos do segundo tempo, depois do escanteio cobrado por Julio Rusch, o arqueiro do Cianorte, ao tentar socar a bola, esbarrou no seu companheiro de time e mandou a bola para dentro.

O gol contra do goleiro João Gabriel também provou a falta de eficiência do setor de frente do Coritiba. Quase inoperante durante o jogo e alvo de críticas dos pouco mais de 2 mil torcedores presentes no Couto Pereira, o ataque coxa-branca, nas poucas chances criadas, ainda desperdiçou oportunidades que poderiam aliviar um pouco a desconfiança do torcedor alviverde.

O Cianorte, que já mostrou mais futebol do que apresentou no Couto Pereira, tentou pressionar o Coritiba na reta final do jogo para buscar o empate. A defesa coxa-branca, atuando um pouco mais compacta do que nas últimas jornadas, segurou a pressão e o goleiro Wilson, com pelo menos mais três boas defesas garantiu a vitória apertada, suada e sem inspiração alguma diante do Leão do Vale. O técnico Sandro Forner reconheceu mais uma jornada ruim do Coxa neste começo de ano.

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“É difícil alguém vir falar que nós jogamos bem, pois sabemos que não fizemos uma boa partida. Quando nós analisamos o nosso time, muitas vezes esquecemos que jogamos contra um adversário que treina e que trabalha. O jogo de hoje precisávamos ter um resultado e é isso que fica. Vamos procurar nos preparar melhor para cometer menos erros e fazer melhores atuações”, arrematou o comandante alviverde.

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