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Coritiba vive nova realidade depois da vitória no último Atletiba

Coritiba venceu o último Atletiba. Na época, a fase era bem diferente. Foto: Lineu Filho

Quando venceu o Atlético por 1×0, no Couto Pereira, no dia 3 de junho, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o Coritiba dava mostras que a temporada de 2017 seria diferente. Em quatro rodadas, o time coxa-branca, até então comandado pelo técnico Pachequinho, havia vencido três, todas com autoridade. A boa fase e a sequência de bons resultados duraram mais quatro rodadas e o Verdão, que chegou a encantar a mídia nacional com seu futebol, passou a ter dificuldades, a oscilar e a queda na classificação do Brasileirão foi inevitável.

A derrota por 2×0 para o Grêmio, em Porto Alegre, pela nona rodada, abriu uma sequência terrível para o Coritiba. O time não soube lidar com os resultados ruins e, de postulante a uma vaga no G6, o Verdão se aproximou perigosamente da zona de rebaixamento.

Neste meio tempo, o Coxa perdeu seu jogador mais importante. No empate sem gols contra o Bahia, no Couto Pereira, o atacante Kléber cuspiu no volante Edson, do tricolor baiano, foi expulso e suspenso por 15 partidas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O clube até tenta negar a chamada “Kleberdependência”, mas o Alviverde, sobretudo o sistema ofensivo, parou de vez de funcionar.

Essa sequência ruim no Brasileirão fez a diretoria trocar o comando técnico. Saiu Pachequinho e chegou o experiente Marcelo Oliveira. Mas o problema parece ser maior do que simplesmente o treinador. O comandante coxa-branca, apesar de ter feito o time melhorar seu nível de atuação, ainda não conseguiu emplacar uma sequência de bons resultados que fosse capaz de recolocar o Coritiba no pelotão de frente da competição nacional.

Mesmo com essa sequência ruim de resultados, o clube ainda sonha com uma vaga na Libertadores do ano que vem. Isto porque o Campeonato Brasileiro está muito equilibrado. A diferença para o próprio Atlético, que está na oitava posição, é de apenas quatro pontos. Por isso, vencer o Atletiba deste domingo, às 11h, na Arena da Baixada, pode ser a arrancada que o Alviverde espera para sonhar mais alto.

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“Nós estamos a quatro pontos do Atlético. É uma boa equipe, eles vêm de uma derrota fora, mas temos totais condições de chegar lá e fazer um grande jogo. São muitas coisas negativas sendo faladas. Temos que focar em coisas positivas. Clássico é 50 a 50. Da mesma forma que eles vão nos respeitar, nós vamos respeitá-los. Vamos trabalhar firme para ir lá e buscar a vitória”, apontou o zagueiro Werley.

Com uma realidade bem diferente daquela do clássico do primeiro turno, o Coritiba vai para o embate contra o Furacão querendo provar que o seu campeonato não é apenas fugir do rebaixamento. Para isso, precisa transformar seu discurso em atitude em campo para que o torcedor não reviva o pesadelo das últimas temporadas.