Sem desculpas

Coritiba terá tempo extra pra se ajustar pra final do Paranaense

Sandro Forner quer suar período intenso de atividades nesta semana para recupera o time, física e emocionalmente. Foto: Albari Rosa

Eliminado da Taça Caio Júnior, o Coritiba acompanhará de fora a disputa na qual sairá o seu adversário na grande final do Campeonato Paranaense. Neste meio tempo, o técnico Sandro Forner terá nove dias de treinamentos intensos para tentar corrigir as falhas – tão constantes até aqui na temporada.

Por isso, o elenco do Coxa não terá nenhum dia de folga até o primeiro duelo da final do Estadual, marcado para o dia 1º de abril. Até lá, um período para recuperar o grupo, tanto física, quanto emocionalmente.

“Temos uma final pela frente, temos alguns jogadores que estão machucados, vamos ter um tempinho para treinar e vamos tentar reanimar todo mundo, realmente fazer este trabalho para chegarmos bem melhor do que chegamos neste segundo turno”, afirmou o treinador.

Tempo tão pedido por Forner, que sempre reclamou que não conseguia trabalhar no dia a dia, com a sequência de jogos quarta-feira e domingo. Para se ter uma ideia, desde que o time entrou em campo pela primeira vez em 2018, no dia 21 de janeiro, foram 17 jogos, o que dá uma média de uma partida a cada 3,5 dias. Desde então, a única semana cheia para treinamentos, sem jogo na quarta ou quinta-feira, foi entre os dias 28 de janeiro e 4 de fevereiro.

“Futebol é coletivo. Disputamos 14 jogos em 40 ou 45 dias. Nenhum time no Brasil jogou tanto quanto a gente, temos esse levantamento. Para dar um exemplo dos clubes de Curitiba, todos eles tiveram um mês e dez dias de treinamento, nós tivemos apenas uma semana, que foi antes do Atletiba”, disparou o comandante coxa-branca.

No entanto, vale destacar que em 2018 o time que mais atuou no Brasil é o Ceará, que entrou em campo em 22 oportunidades, sendo que o primeiro jogo foi no dia 16 de janeiro. O Vozão atuou, até aqui, em uma média de um jogo a cada 2,90 dias, enquanto o Atlético teve mais tempo de preparação por ter dividido o elenco em dois para as disputas do Paranaense e Copa do Brasil e o Paraná Clube só conseguiu treinar mais por não ter se classificado para as semifinais da Taça Dionísio Filho e ter caído na segunda fase da Copa do Brasil.

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De qualquer forma, a próxima semana servirá para o fim das desculpas no Coritiba. Mesmo quando venceu o primeiro turno, o time não convenceu. Uma situação que piorou na segunda metade da competição, quando, aliado à Copa do Brasil, ficou cinco partidas seguidas sem ganhar, somando quatro derrotas e um empate. Os erros e a falta de criatividade, com a equipe presa a um formato de jogo, sem variação, ficaram mais nítidos e irritaram a diretoria.

Agora, na teoria, Forner poderá trabalhar outras funções e até ganhar novas peças, que estão entregues ao departamento médico, como o lateral-esquerdo William Matheus, o zagueiro Thalisson Kelven, o volante Vitor Carvalho e os atacantes Kléber e Alecsandro. Uma forma de encorpar o time que buscará provar que tem capacidade de reagir e conquistar não só o título estadual, como também uma vaga no G4 da Série B.