Eleições

Coritiba começa a viver clima de campanha política no Alto da Glória

Bacellar diz que não pretende concorrer à reeleição, mas ainda não definiu um substituto da situação. Foto: Marcelo Andrade

As eleições no Coritiba estão marcadas só para dezembro, mas, nos bastidores, a movimentação começa a ganhar corpo. No dia do lançamento da camisa “Alma Guerreira”, o presidente Rogério Portugal Bacellar declarou que é preciso união interna no clube neste momento.

“Nossos diretores, nossos conselheiros, nossos atletas, todos precisam estar unidos. O Exército prega essa união e que ela possa servir de espelho para nós. Que essa união seja o exemplo para os nossos conselhos. Essa união que tanto precisamos no nosso clube”, disse Bacellar na ocasião.

Isso porque a oposição já começa a mostrar sua cara e a se movimentar em relação ao pleito do final do ano. Até o momento, dois grupos distintos já se pronunciaram pretendendo concorrer ao cargo. O primeiro deles a se articular publicamente foi a chapa da ‘velha guarda’, gerida pelo médico João Carlos Vialle e pelo ex-presidente Jacob Mehl (gestões 1990-1991 e 1998-1999). O outro grupo também se mexe nos bastidores, encabeçado pelo empresário Giovanni Kassin, dono da rede de restaurantes Di Frango.

“Com certeza teremos uma chapa no final do ano. Ainda não está definido quem será o nome para presidente, mas já temos entre 80 a 90 coxas-brancas interessados em participar, dos mais diversos setores”, conta Kassin, o mais cotado para ser o candidato.

O empresário diz que a movimentação inclui reuniões com até 150 pessoas. O assunto principal: como o Coritiba pode melhorar a partir do ano que vem. A ideia é juntar coxas-brancas que tenham os mesmos valores e que queiram o crescimento do Alviverde, mas com responsabilidade nas contas do clube.

Existe a possibilidade, caso realmente haja uma comunhão de ideias, de uma união com o outro grupo que já tinha se interessado em participar da eleição. Essa outra ala inclui o médico João Carlos Vialle e o ex-presidente Jacob Mehl. O último, por sinal, acredita que uma chapa de oposição única pode ser um bom caminho para o Coritiba.

“Acredito que é o caminho mais correto para a vida do Coritiba. Se dividir [a oposição], é pior para a vida do clube”, afirma Mehl, admitindo que muito do que irá ocorrer na eleição depende de como será a reta final do Coxa no Brasileiro.

Já Vialle, que chegou a ser cogitado como um provável candidato, acredita que o cenário eleitoral deve ficar mais claro em outubro. “Eu saí do Hospital Cajuru e e teria tempo e experiência para trabalhar para o Coritiba de domingo a domingo. Mas não posso dizer que sou candidato. Quem tem que dizer isso são os torcedores, os conselheiros e a imprensa”, declara.

Na situação, o presidente Rogério Bacellar já admitiu que não pretende concorrer à reeleição. No entanto, ainda não há uma definição de quem seria o seu sucessor.