Pra virar!

Coritiba aposta em um 2019 mais produtivo

Argel Fucks começa a temporada no comando. Foto: Albari Rosa

O Coritiba quer deixar 2018 para trás e acreditar que no ano que se inicia, a trajetória do time seja melhor, que os problemas nos bastidores não se repitam e, principalmente, que no final de novembro o Alviverde esteja comemorando o tão desejado retorno à Série A do Campeonato Brasileiro. A reapresentação do elenco é hoje, no Centro de Treinamento da Graciosa.

Nos próximos meses, o torcedor do Verdão quer ver os resultados aparecerem e, para isso, quer contar com os acertos do G5, a importante cúpula coxa-branca, tão criticada no ano passado pelas escolhas que não surtiram efeito e terminaram em contestação.

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O 2018 conturbado no Alto da Glória incluiu troca constante de técnicos – foram quatro ao longo do ano -, contratações de jogadores que não puderam contribuir com o elenco, seja pelo fraco desempenho ou por problemas médicos, a perda de força do presidente Samir Namur em seu primeiro ano de mandato, dirigentes sendo desligados e, principalmente, uma campanha fraquíssima na Série B. Mesmo com o maior orçamento entre os 20 da Segundona, o Coritiba acabou a disputa em 10º.

Desta vez, para que os resultados sejam diferentes, a estratégia de trabalho será outra. No ano passado, a aposta no Campeonato Paranaense foi em soluções caseiras, abusando do uso de atletas da base, inclusive do técnico Sandro Forner, acostumado a atuar com categorias de formação.

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Agora, a tendência é que, ao menos, oito jogadores cheguem ao Coxa nos próximos dias, já visando a formação do elenco para a Série B. A missão está nas mãos do ex-Paraná Clube Rodrigo Pastana, especialista em montar times competitivos pra disputa da Segundona.

Além disso, o técnico Argel Fucks foi mantido para dar continuidade ao seu trabalho que, segundo ele, agora sim poderá ser feito com excelência. “A partir do momento que você começa um trabalho do zero, tem grande chance de êxito”, disse o comandante.

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E o treinador já sabe muito bem quais serão os objetivos do time nestes próximos meses. “Nós temos obrigação de tudo. Temos a obrigação de ganhar o Campeonato Paranaense, de ir muito longe na Copa do Brasil, e, em um segundo momento, a obrigação do acesso na Série B. Pela grandeza do clube, não podemos ficar mais um ano na Série B”, emendou Argel.

No Estadual, o Coritiba, em 2018, venceu a Taça Dionísio Filho, o primeiro turno, batendo o Rio Branco. Na finalíssima, diante do Athletico, perdeu o caneco. Por isso, uma conquista no regional pode ser um primeiro passo para mostrar que as mudanças estão acontecendo e, de quebra, dar um gás a mais para as duas competições nacionais das quais participará: a Copa do Brasil e a Série B.

Para um time que já chegou muito perto de conquistar a Copa do Brasil em duas oportunidades, o Coxa deixou a desejar em sua última participação na disputa. Foi eliminado na terceira fase, pelo Goiás. Seguir mais longe na competição garantirá mais dinheiro aos cofres do Verdão, o que pode ser fundamental, já que o presidente Samir Namur enfatizou, em novembro, o grande desafio de trabalhar neste ano com uma verba muito menor.

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Em 2018, contando ainda com alguns contratos remanescentes, o Alviverde teve uma receita bruta de R$85 milhões, já menor do que foi em 2017, que passava dos R$100 milhões, quando estava na Série A. Porém, o panorama agora não é dos melhores.

“Para 2019, projetamos uma receita de R$ 46 milhões, o que representa a diminuição de mais de 50%”, explicou o presidente Samir Namur, há aproximadamente dois meses.

Por fim, a Série B deve ser a “cereja do bolo” na temporada. Está claro que, apesar de desejar uma temporada vitoriosa, o grande objetivo do Coritiba é fazer bonito na Série B e conseguir voltar à elite do futebol brasileiro. Ainda assim, até chegar lá, os acertos do Coritiba precisam começar desde cedo. O acesso só será conquistado daqui a onze meses se for construído desde já, logo nos primeiros dias de atividade, com um trabalho coerente e que renda bons resultados.

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