Coritiba, motor de dois tempos

O Coritiba pode dividir a sua participação no campeonato brasileiro em duas partes, e isso de várias maneiras. Pode ser o time dos primeiros quatro jogos e o dos sete seguintes; a equipe que joga bem fora de casa e claudica no Couto Pereira; a que estava pressionada por resultados e que agora aproveita a pressão que os adversários sofrem. Mas, neste Brasileiro, há o Coritiba do primeiro tempo e o Coritiba do segundo tempo.

Essa característica especial é vista não só nos jogos em casa, como poderia se prever. Nos onze jogos do Coritiba no Brasileiro, apenas em dois o time terminou a primeira etapa na frente – contra Atlético-MG e Paysandu, jogos que o Coxa venceu. Mesmo nas outras partidas que venceu, o primeiro tempo deixou a desejar: após 45 minutos, o Cori empatava com o Figueirense e perdia para Paraná Clube e Guarani.

Nos dois empates, aconteceram situações diferentes, pois o Cori empatava com o Flamengo e perdia para o Vasco no final da primeira etapa. E nos jogos que perdeu, o retrospecto é semelhante: na metade da partida, empates com Internacional e Juventude, e derrotas para Cruzeiro e Grêmio. Fazendo a conta final, o Coxa do primeiro tempo “venceu” duas partidas, “empatou” quatro e “perdeu” cinco, enquanto o da segunda etapa “venceu” cinco, “empatou” três e “perdeu” três. Mais: a equipe marcou apenas cinco de seus gols no primeiro tempo, e doze no segundo.

Se as contas provam que há dois ?Coritibas? no Brasileiro, elas escancaram os problemas da equipe dentro de casa. Em nenhuma partida realizada no Couto Pereira o Cori desceu para os vestiários levando vantagem, sendo que nas últimas três (Paraná, Vasco e Guarani) terminou o primeiro tempo sendo derrotado. E, nestas partidas, a recuperação alviverde aconteceu com forte presença ofensiva, baseada principalmente nas alterações do técnico Paulo Bonamigo.

Mas nem isso faz o treinador coxa pensar que há muita diferença entre o time do primeiro e do segundo tempo. “Não posso imaginar que isso está acontecendo. Eu estou encontrando uma formação ideal”, justifica. “Só que o time já tem um padrão definido, que vem de um bom tempo e que vocês (jornalistas) e os torcedores já conhecem. Isso não muda”, completa o técnico alviverde.

Bonamigo considera que a alterações ofensivas são decorrentes da exigência do jogo, e o rendimento delas também. “Às vezes você promove uma mudança em uma ou duas peças e o time melhora, como tem melhorado”, afirma. Ele também considera que o rendimento físico do time é decisivo. “A equipe sempre termina os jogos pressionando”, diz.

Só que, ao mesmo tempo, Bonamigo admite considerar usar mais o ?time do segundo tempo?, principalmente com a entrada de Edu Sales e o posicionamento de Jackson pela direita. “Acho que chega uma hora em que você precisa dar uma reavaliada, se começamos ou não com essa formação”, avisa o treinador, que conta com um “aliado” para escolher a melhor escalação. “O tempo é que vai mostrar a verdade”, finaliza.

Interesse do Grêmio por Bonamigo permanece

Paulo Bonamigo não teve a calmaria que esperava ontem. Os rumores de um convite do Grêmio continuaram grandes, e o técnico do Coritiba passou a terça-feira negando uma possível saída. Mas como ele próprio resolveu não falar muito disso, no CT da Graciosa já se pensa no jogo de domingo contra o Goiás, no Serra Dourada.

Outros fatos se somaram ao interesse gremista por Bonamigo. Se o treinador coxa foi sondado por emissários do clube gaúcho, pessoas próximas a ele teriam sido procuradas pelo superintendente do Grêmio, Antônio Carlos Verardi, que está no clube há quase trinta anos, e que é muito próximo a Bonamigo.

Apesar do ?cerco?, o técnico alviverde confirmou que vai continuar no Alto da Glória. “Quero pensar no que é mais importante, que é o Coritiba, e o jogo de domingo”, disse Bonamigo – frases semelhantes foram ouvidas pelos jornalistas curitibanos e porto-alegrenses, que procuraram o comandante coxa por todo o dia.

Quando parou de dar entrevistas, Bonamigo viu que não terá tantos reforços como imaginava para a partida de domingo. Ceará e Odvan seguem em recuperação, e o goleiro Fernando pode até compor o grupo que vai a Goiânia, mas dificilmente vai jogar, já que só voltará a treinar com bola esta tarde. “Quero ver todos esses problemas clínicos para depois pensar como vou montar o time”, comenta.

Dois tempos

Neste brasileiro, há o Coritiba do primeiro tempo e o Coritiba do segundo tempo. Essa característica especial é vista não só nos jogos em casa, como poderia se prever. Nos onze jogos do Coritiba no brasileiro, apenas em dois o time terminou a primeira etapa na frente – contra Atlético-MG e Paysandu, jogos que o Coxa venceu. Fazendo a conta final, o Coxa do primeiro tempo “venceu” duas partidas, “empatou” quatro e “perdeu” cinco, enquanto o da segunda etapa “venceu” cinco, “empatou” três e “perdeu” três. Mais: a equipe marcou apenas cinco de seus gols no primeiro tempo, e doze no segundo.

Se as contas provam que há dois ?Coritibas? no brasileiro, elas escancaram os problemas da equipe dentro de casa. Em nenhuma partida realizada no Couto Pereira o Cori desceu para os vestiários levando vantagem, sendo que nas últimas três (Paraná, Vasco e Guarani) terminou o primeiro tempo sendo derrotado. E, nessas partidas, a recuperação alviverde aconteceu com forte presença ofensiva, baseada principalmente nas alterações do técnico Paulo Bonamigo.

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