Coritiba espera dificuldades contra o Atlético-MG

Se você olhasse a tabela do campeonato brasileiro antes do início da competição, veria no jogo Coritiba x Atlético-MG um confronto no mínimo de igualdade. Mas a partida de amanhã, às 18h, no Couto Pereira, promete ser um jogo de forte marcação e de extremas dificuldades para o Cori, que pela boa campanha – e por jogar em casa – é considerado o favorito pelos visitantes. Só que os alviverdes têm consciência de que terão que encarar seu próprio ?veneno?, só que vestido de alvinegro.

E o Galo já avisou que virá marcando. Segundo o técnico Marcelo Oliveira, “Tcheco e Adriano não poderão jogar”, e é muito provável que Cicinho e Marcelo Silva se responsabilizem pelo acompanhamento dos destaques do Cori. “Eles virão jogar aqui da mesma forma que nós jogamos fora de casa: marcando em cima e jogando no erro do adversário”, reconhece o meia Jackson.

Pois é. O Coritiba terá que enfrentar em casa a dificuldade que impõe aos rivais quando atua longe do Alto da Glória. “Nós conseguimos ter esse equilíbrio sempre, e os outros times perceberam. Por isso que os jogos em Curitiba são mais difíceis que os fora de casa. Nós sempre temos que passar por uma muralha”, resume Jackson.

Por isso, Bonamigo aproveita para reiterar o pedido de paciência aos torcedores que comparecerem ao Couto Pereira. “Nossa torcida tem que ficar atenta e perceber que nós teremos que enfrentar muitas dificuldades”, explica o treinador alviverde. “Queremos muito abrir o placar rapidamente, mas sabemos que isso talvez não aconteça”, completa.

Até porque o comandante coxa sabe que sua equipe terá que ficar atenta aos destaques do Atlético-MG. “Eles têm jogadores de qualidade, e é claro que nós teremos que marcá-los. Até no banco há valores muito bons, como o Lúcio Flávio e o Alex Alves”, confirma. O técnico não quis citar nomes, mas a defesa do Coritiba foi orientada a não deixar espaços para Kim e Paulinho criarem as jogadas para Fábio Júnior.

Serviço

Bonamigo pediu paciência, mas também quer ver a torcida coxa comparecendo em massa no domingo. “A gente sabe que é um sacrifício, até por causa do frio, mas esse é o momento de buscarmos mais uma vitória, e precisamos do apoio deles”, afirma o técnico. Para os que quiserem acompanhar o jogo, os preços dos ingressos são os seguintes: arquibancada, R$ 15,00; cadeira inferior, R$ 30,00; cadeira superior, R$ 50,00. Mulheres, menores de 12 anos, maiores de 60 e estudantes terão direito a meia entrada em todos os setores do Couto Pereira.

Os locais de venda antecipada são estes: Alto da Glória, lojas do Coxa nos shoppings Total e Cidade, lojas do Candeias no Shopping Curitiba e na Rua Marechal Deodoro, lojas Alfaluz nas ruas Carlos de Carvalho e Tibagi, lojas Trio de Ferro no Shopping Estação e em Santa Felicidade, e Panificadora Réus, em Pinhais.

´Prisão? não afeta humor nem desempenho de Brum

A principal crítica feita a Roberto Brum nesse mais de um ano que o ?Senador? está em Curitiba era o fato de ele abandonar a defesa e partir para o ataque, sem querer saber qual seria a decorrência disso na retaguarda alviverde. Por coincidência – ou não -, a mudança tática de Paulo Bonamigo obrigou o volante a se fixar à frente dos zagueiros, e isso fez com que Brum fosse uma das principais peças do Coritiba contra Flamengo e Figueirense, quando o 3-5-2 ?disfarçado? foi utilizado.

Na partida contra os cariocas, Roberto Brum foi orientado a marcar em cima o meia flamenguista Felipe, referencial técnico de sua equipe. O volante foi bem, anulou seu alvo e ainda marcou seu primeiro gol com a camisa do Coritiba. No domingo, ele ficou ainda mais atrás, saindo pouco para o jogo e protegendo Danilo e Reginaldo Nascimento. Prova da mudança de função de Brum é o fato de Danilo ter marcado um gol, enquanto ele ficava preso à marcação.

Mais um caso, portanto, de ?sacrifício?. “Estou fazendo exatamente o que o Bonamigo me pede”, resume Roberto Brum, que também não esconde que gostaria de se projetar ao ataque, mas não pode abandonar os zagueiros. “Eu vejo a minha situação até como normal, se eu comparar com o Ceará, que gosta de apoiar, é especialista em cruzamentos e fica na defesa, como terceiro zagueiro. Nós estamos nos doando pela equipe”, reconhece o volante.

Para Roberto Brum, que valoriza ao extremo a unidade do elenco, esse é mais um sintoma da força de grupo do Coritiba. “Ninguém está aqui para ganhar sozinho. Nós estamos juntos, e é assim que vamos conquistar nossos objetivos, que são a chegada à Libertadores e o título brasileiro”, comenta.

A subida de produção do ?Senador? também o valoriza, já que no início do brasileiro ele teve sua posição ameaçada por Willians, que tem maior poder de marcação. Essa possibilidade quase abriu uma crise de relacionamento entre o volante e Bonamigo, que foi debelada após muita conversa. Hoje, Brum garante que tudo está bem. “O Bonamigo é um sujeito acima do normal. Ele é responsável direto pela boa fase do Coritiba”, garante.

Clube não desiste dos pontos do Cruzeiro

Não custa averiguar. O Coritiba encaminhou à CBF um pedido de esclarecimentos quanto à situação do volante chileno Maldonado, que teria atuado irregularmente pelo Cruzeiro na partida do dia 20, que terminou empatada em 2×2. Caso confirmada a falha dos mineiros, o Coxa vai pedir os dois pontos do jogo no STJD.

A história começa no jogo anterior do vice-líder do brasileiro, contra a Ponte Preta. Maldonado recebeu cartão amarelo na partida, mas para o departamento de futebol de seu clube não era o terceiro. Só que o Cori recebeu uma denúncia que um cartão não fora computado, e com isso o chileno teria que cumprir suspensão automática contra o Coxa.

A alegação oficial da diretoria do Cruzeiro é que há uma partida (contra o Flamengo) em que não foi anotada na súmula o cartão de Maldonado, mas que o volante recebera e cumprira suspensão no jogo seguinte. Por enquanto, não há nenhuma evidência clara que haja falha – mas nada que isente o Cruzeiro de culpa. “Na avaliação das súmulas, não vimos o tal cartão”, diz o secretário Domingos Moro.

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