Copa 2018

Museu do Futebol de SP exibe íntegra restaurada da decisão de 1958

Imagine-se de frente para a TV: após campanhas invictas, Suécia e Brasil entram em campo para disputar a final da Copa de 1958.

O selecionado europeu começa melhor. Com elegante troca de passes pelo meio, chega duas vezes com perigo ao gol brasileiro logo no início.

É uma potência o escrete de nomes como Agne Simonsson, disposto em um 4-3-3.

No terceiro avanço, a defesa brasileira cede: Simonsson recebe na direita e toca para Nils Liedholm. Ele domina na meia-lua, finta dois brasileiros e bate cruzado. Gol da Suécia.

O Brasil tinha um 4-2-4, com Didi e Zito à frente dos zagueiros, Pelé e Vavá no ataque e Zagallo e Garrincha nas pontas.

Na defesa, Nilton Santos, Bellini, Orlando e Djalma Santos. No gol, o canhoto Gilmar.

As TVs ainda não têm replay, então, após o gol sueco, vemos Didi caminhar com a bola nos braços do fundo das redes do Brasil até o meio de campo.

Pode-se notar gestos firmes de incentivo e semblantes tensos –a derrota em casa para o Uruguai tinha só oito anos. O time se abalaria com o gol?

Dá vontade de contar a partida inteira, e por muito tempo a crônica foi a melhor opção, pois não havia registro integral com imagens e sons.

Mas nesta sexta (29), nos 60 anos da conquista, o Museu do Futebol, em São Paulo, transmite a histórica partida.

O filme não é novidade: trata-se de um restauro de 2008 do engenheiro Carlos Augusto Marconi. Ele conjugou imagens de TVs da Inglaterra e da Suécia e sons ao vivo das rádios Nacional e Bandeirantes.

Usou trechos em cores que, em meio ao preto e branco, ampliam a mágica da seleção, que jogou de azul em Solna, vizinha de Estocolmo, a capital sueca. Tivemos Maracanazo e 7 a 1, mas o primeiro título foi contra os donos da casa.

A entrada custa R$ 12 –é o preço do ingresso para ver a mostra “A Primeira Estrela: O Brasil na Copa de 1958”.

O jogo será projetado em um telão e deve superar em emoção as cópias no YouTube –vale gritar gol que já foi.

Falando nele: Vavá dá a saída, Didi lança e Garrincha chuta na rede, por fora. Pressão.

Aos oito minutos, Garrincha recebe de novo na ponta, dá finta (absolutamente atual) rumo à linha de fundo e assiste Vavá na pequena área: 1 a 1.

O resto é história, e vale a pena conhecê-la.

Final da Copa de 1958

Museu do Futebol – pça. Charles Miller, s/nº, São Paulo. Sex. (29): 12h, 14h e 16h. R$ 12. Livre.

Voltar ao topo