Com time reserva, Atlético tenta quebrar serviço do Beltrão

O Atlético entra em campo com o time B, mas com a pressão de time A e não é para menos. Depois do "empate" contra o modesto Império do Futebol, o "Ventania" volta aos gramados para tentar fazer o que nem o Furacão conseguiu até aqui: convencer disputando o campeonato paranaense.

Diante do Francisco Beltrão, o técnico Lio Evaristo remonta a equipe para buscar a liderança do grupo B da competição. A partida está programada para às 21h45, no Estádio Anilado.

"A pressão faz parte da camisa do Atlético, deixamos a desejar no domingo, então esse jogo é bom para a gente poder apagar essa imagem de ‘será que vai, será que não vai?’", analisa o volante/zagueiro Bruno Lança. Para ele, o time tem tudo para ir até Francisco Beltrão e trazer um bom resultado, apesar de não ir com o grupo principal. "É uma boa oportunidade para o clube mostrar que tem elenco, que tem grupo, como teve no ano passado e que levou o Atlético até a Libertadores", destaca.

Para o zagueiro Tiago Vieira, essa partida é a chance que muitos têm para mostrar a Casemiro Mior que podem atuar no time principal. "É importante estar em ritmo de jogo e atuando na equipe. A motivação é a mesma nos dois campeonatos, porque estou querendo meu espaço aqui no Atlético", aponta. De acordo com ele, o fato de atuarem juntos não deverá causar problemas. "Vamos jogar juntos pela primeira vez, mas atuamos nos treinamentos. Acredito que teremos um bom entrosamento", projeta.

A confiança dos dois se baseia nos reforços que o "Ventania" vai ter do grupo da competição internacional. São os casos dos alas Marín e André Rocha, dos zagueiros Danilo e Tiago Vieira, do volante Jairo e do atacante Lima. Eles reforçam o expressinho, que conta também com o meia William e o próprio Bruno, que têm bastante experiência com a camisa atleticana. No entanto, esse reforço tem o objetivo de colocar os atletas da Libertadores em condição de jogo assim que forem requisitados.

De qualquer jeito, Lio mantém a preocupação com a competição em si e a necessidade de voltar a liderar o grupo B do Estadual. "Não podemos menosprezar o Paranaense. É uma competição importante e o Atlético precisa fazer um bom papel", prega. A vontade dele é tão grande que no coletivo de segunda-feira ele não poupou os jogadores e exigiu mais empenho quando aconteciam os erros.

CAMPEONATO PARANAENSE
Súmula
Local:
Anilado (Francisco Beltrão)
Horário:
21h45
Árbitro:
Héber Roberto Lopes (Fifa)
Assistentes:
Roberto Braatz e Sueli Terezinha Tortura
Francisco Beltrão x Atlético

Francisco Beltrão
Cássio; Gilberto Pinto, Mateus, Otávio e Carlão; Eriberto, Jean, Luizinho Cascavel e Jéferson; Alex Franco e Marcelo Régis. Técnico: Cacau

Atlético
Vinícius; Bruno Lança, Danilo e Tiago Vieira; André Rocha, Jairo, Netinho, William e Marín; Lima e Jônatas. Técnico: Lio Evaristo

William ficou em dúvida na hora do gol

O meia William, do Atlético, rebateu ontem as críticas de que teria sido antiético ao não informar ao árbitro José Francisco de Oliveira que a bola não havia entrado no lance que resultou no empate de sua equipe contra o Império do Futebol. Segundo ele, erros de arbitragem acontecem em quase todas as partidas sem que o beneficiário peça para o juiz voltar atrás. Como exemplo, ele citou vários erros acontecidos no campeonato brasileiro do ano passado que poderia resultar no título para o Rubro-Negro.

"Eu fiquei sabendo dessa situação, mas é uma coisa que não é costume de acontecer. Quantas vezes eu já não perdi partidas, empatei jogos com erros de arbitragem e não deu em nada", pondera. Ele faz um levantamento rápido de pênaltis que poderiam ter mudado a história do Brasileirão do ano passado. "Os pênaltis que o juiz deu contra nós e não foi, contra Figueirense, Juventude, Grêmio, no ano passado, o jogador não bateu para fora e disse que não foi pênalti. São lances diferentes em relação ao meu, mas que interferiram no resultado da partida do mesmo jeito", compara.

De acordo com William, o lance foi muito rápido e deixou dúvidas em muita gente. "No primeiro lance, eu dei o carrinho e achei que a bola tivesse entrado. Na hora que eu parei, sentado no chão, vi a bola atrás da rede e percebi que não entrou", descreve. Com raiva, ele se levantou e voltou para o posicionamento, até que foi alertado por Alan Bahia que o árbitro tinha validado o lance. "O Alan falou que a bola furou a rede, eu perguntei se tinha sido mesmo, porque o lance foi rápido e eu fiquei em dúvida", analisa.

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