Choque de filosofias na Boca do Jacaré

O Paraná Clube coloca em jogo às 16h, na Boca do Jacaré, em Taguatinga, a sua invencibilidade fora de casa neste Brasileirão. Terá pela frente um clube em crise. O Brasiliense, "caçula" da Série A, soma apenas três pontos ganhos e não conseguiu retorno para o investimento feito na aquisição de jogadores de renome, como Marcelinho Carioca. Com uma política muito diferente, o Tricolor optou por jovens promessas e ainda não encerrou seu ciclo de contratações.

Uma vitória hoje além de assegurar tranqüilidade para o período de recesso da competição (duas semanas) pode aproximar o Paraná de sua melhor marca em um início de campeonato brasileiro, levando-se em conta apenas jogos na condição de visitante. O rendimento atual – quatro pontos dos seis disputados – já é o melhor dos últimos oito anos. Caso conquiste os três pontos, o time do técnico Lori Sandri ficaria a apenas um triunfo da marca de 1997, quando o Tricolor totalizou três vitórias e um empate nos quatro primeiros jogos fora de casa, sob a direção de Sebastião Lazaroni.

"Mostra o equilíbrio e o entrosamento que esse time conquistou em um curto período", comentou o zagueiro Daniel Marques. "As peças se encaixaram. Isso explica as atuações equilibradas. Mas, como tudo foi feito às pressas, ainda temos cometido erros", lembrou. O zagueiro, recuperado de uma contratura muscular sofrida frente à Ponte Preta, mais uma vez formará com Marcos e Aderaldo o trio de defensores da equipe. Uma zaga protegida por três volantes, num sistema que visa dar maior liberdade aos alas, em que pese a conseqüente carência de criatividade no meio-de-campo.

"Não temos, ainda, muitas opções", justifica Lori Sandri, que espera para essa semana a chegada de mais dois reforços para o setor de armação. Contando ainda que a partir da próxima rodada já poderá escalar o artilheiro Renaldo, o técnico admite repensar a formatação tática do time num futuro próximo. Por enquanto, o treinador não abre mão da segurança obtida a partir da escalação de três zagueiros.

No meio-de-campo, Beto e Mário César terão, uma vez mais, dupla função. Além de bloquear os meias adversários, eles devem se alternar na aproximação a Thiago Neves. Mesmo dispondo de Wellington Paulista (e também de André Dias), Lori Sandri preferiu pelo avanço do meia-armador para a função de atacante, ao lado de Borges. Assim, sem a posse de bola, o Paraná se fecha num 3-6-1, esquema que foi aplicado com sucesso frente ao Palmeiras.

CAMPEONATO BRASILEIRO
6ª. rodada
BRASILIENSE x PARANÁ CLUBE

BRASILIENSE: Donizeti; Dida, Jairo, Renato e Rochinha; Pituca, Deda, Vampeta e Iranildo; Igor e Oséas. Técnico: Valdyr Espinosa.

PARANÁ: Flávio; Daniel Marques, Marcos e Aderaldo; Neto, Rafael Mussamba, Beto, Mário César e Vicente; Borges e Thiago Neves. Técnico: Lori Sandri.

SÚMULA
Local: Boca do Jacaré (Taguatinga).
Horário: 16h.
Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG).
Assistentes: Rodrigo Otávio Baeta (MG) e Edgard Sales Abre (MG).

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