Curitiba e Campo Largo entram em campo no próximo sábado, às 16h, no Estádio Couto Pereira. O jogo será a preliminar da partida válida pelo Brasileirão entre Coritiba x Botafogo, e decidirá o título feminino do Bom de Bola Parati 2008.
A competição vem sendo realizada desde maio com meninos e meninas de 11 a 14 anos de Curitiba, região metropolitana e litoral. Para muitas jogadoras, mais do que a chance de levantar a taça, a partida e toda a sua visibilidade poderão abrir portas para uma tentativa de carreira profissional.
Mesmo com toda a falta de incentivo e apoio, o futebol feminino ganha cada vez mais adeptas, ainda mais depois da boa campanha da Seleção Brasileira feminina nos Jogos Olímpicos de Pequim.
| Divulgação/RT Press |
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| Hevelin Andriele Buss, zagueira, do Colombo. |
Como em praticamente todas as 37 equipes femininas que iniciaram a competição, Curitiba e Campo Largo têm aspirantes a craques. Na equipe de Curitiba, uma das mais entusiasmadas é a atacante Julia Trancoso, de 13 anos. “Quero ser jogadora de futebol e vou lutar para isso”, afirma. E ela já vem jogando desde os 9 anos.
Treina três vezes por semana, entre futebol de campo e de salão, num convênio do Coritiba Futsal com o Cancun Esportes. Modesta, Julia sabe o que tem que melhorar. “Sou raçuda e não desisto nunca das jogadas, mas preciso melhorar o cabeceio”, avalia.
| Divulgação/RT Press |
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| Julia Trancoso, de 13 anos, atacante. |
No time de Campo Largo, um dos destaques é a meia Nedindaye Rasmussen, de 14 anos. Habilidosa, ela vê a oportunidade de “aparecer” no Couto Pereira. “Tenho muita vontade de ter uma carreira profissional. O meu sonho é estar na próxima Olimpíada. Espero que essa final possa me projetar, que alguém veja e se interesse em me levar para um teste numa equipe grande.”
Daye, como é chamada, joga com mais freqüência futsal, já que em Campo Largo só há praticamente uma equipe de futebol de campo. Ela se considera técnica e com visão de jogo. “Consigo antever as jogadas e tenho bom passe. Só preciso melhorar o condicionamento físico.”