Soube sofrer

Defesa voltou a funcionar e Atlético soube sofrer pra vencer o Palmeiras

Weverton foi o nome do jogo, mas Paulo André também teve atuação destacada e Thiago Heleno foi o artilheiro da tarde. Foto: Thiago Bernardes/Estadão Conteúdo

Quando o jogo entre Atlético e Palmeiras começou, na tarde de domingo (6), no Allianz Parque, o Palmeiras tinha um ótimo retrospecto em seu estádio. Até então, eram 21 jogos, com 17 vitórias, três empates e uma única derrota. Só que o Furacão não se intimidou diante destes números e de um time que está no G4 do Campeonato Brasileiro e construiu a vitória por 1×0 na base da oportunidade e da boa marcação.

A oportunidade surgiu no primeiro tempo. Aos 17 minutos do primeiro tempo, Guilherme cobrou escanteio e Thiago Heleno ganhou de Juninho e cabeceou para garantir mais três pontos ao Rubro-Negro, que emplacou a terceira vitória seguida e parece estar deixando a má fase, enfim, para trás.

“Nós vínhamos de resultados negativos, mas agora embalos três triunfos seguidos e isso será essencial. Precisávamos disso”, disse o atacante Pablo, logo após o apito final.

Um resultado, que, de fato, tem que ser bem comemorado, muito por conta da boa atuação do sistema defensivo. Se na etapa inicial o Rubro-Negro não se acuou e foi para cima, jogando de igual para igual, no segundo tempo o time recuou e chamou o Palmeiras para cima. Para o técnico Fabiano Soares, a saída de Lucho González, aos sete minutos do segundo tempo, foi essencial para esta queda de produção.

“O passe final para fazer o gol foi onde pecamos. A saída do Lucho acabou nos prejudicando um pouco. Ele tem experiência e é quase um treinador em campo. O Palmeiras tem qualidade, criou chances, mas nós também tivemos oportunidades”, afirmou o treinador.

Porém, se o ataque caiu, aí a defesa virou o destaque do jogo. Começando pelo goleiro Weverton, que fez duas grandes defesas e garantiu o terceiro triunfo seguido. Depois com Paulo André, que ganhou todas as bolas aéreas, seguro na marcação e fechou os espaços do time paulista, que a partir dos 25 minutos foi para um tudo ou nada, passando a maior parte do tempo no seu campo de defesa.

Um pouco mais à frente, Pavez ajudou a anular a chegada do adversário ao ataque. Bem postado lá atrás, o Atlético passou sufoco, mas não foi bombardeado. Não viu o Palmeiras ter liberdade para trabalhar a bola e finalizar. Méritos de um time que soube sofrer, no termo da moda no futebol, mas que pecou no objetivo final de matar o jogo: aproveitar os contra-ataques. Fabiano Soares até mexeu, colocando Lucas Fernandes e Nikão, mas poucas vezes conseguiu fazer esta ligação. Nada que tenha feito falta para um time que voltou a mostrar segurança, apesar da pressão sofrida.