Volta, pijama!

Com pior sequência na nova Arena, Atlético tenta evitar vexame de 2006

Há quatro jogos Atlético não sabe o que é comemorar na Arena. Jogadores querem acabar com esse jejum. Foto: Hugo Harada

O empate em 1×1 com o Flamengo, no último domingo (28), fez o Atlético completar quatro jogos seguidos sem vencer na Arena da Baixada. Algo que a torcida do Furacão não está muito acostumada a vivenciar. Desde que a nova Arena foi levantada, em 2014, o Rubro-Negro só havia passado por esta situação uma única vez. Em 2015, o time atleticano amargou quatro partidas seguidas sem vencer em casa ao empatar com Joinville (0x0) e Cruzeiro (2×2) e perder para Ponte Preta (1×2) e Corinthians (1×4). Além disso, no meio do caminho teve que colecionar mais um tropeço como mandante, quando perdeu para o Grêmio por 2×1, mas no Couto Pereira.

No entanto, se considerarmos a casa atleticana desde 1999, quando o Joaquim Américo também foi reformado do zero, uma sequência de pelo menos quatro jogos sem ganhar aconteceu em mais cinco oportunidades, além da atual e a de 2015. A pior delas foi em 2006, quando o Atlético ficou sete partidas sem sentir o sabor da vitória diante da torcida, com três empates e quatro derrotas. Pior que isso, o clube ainda viveu uma fase de eliminações em casa, caindo nas quartas de final do Campeonato Paranaense ao perder por 2×1 para a ADAP de Campo Mourão e também saindo na segunda fase da Copa do Brasil, depois de um empate em 0x0 com o Volta Redonda.

Uma situação muito semelhante com a que vive atualmente o Furacão, que viu o título estadual ficar nas mãos do rival Coritiba após uma derrota na Arena por 3×0, começou mal o Brasileirão (em 2006 foram três derrotas seguidas pela competição em casa e duas vitórias e cinco derrotas nas primeiras sete rodadas) e agora tem uma partida decisiva pela Copa do Brasil, assim como foi com o Voltaço naquela época.

Atlético foi eliminado pelo Volta Redonda, em 2006. Daquela época, o zagueiro Paulo André (4) é o único remanescente. Foto: Arquivo
Atlético foi eliminado pelo Volta Redonda, em 2006. Daquela época, o zagueiro Paulo André (4) é o único remanescente. Foto: Arquivo

Conhecida como Caldeirão, com diversos jogadores já ressaltando a dificuldade de jogar no estádio como visitante, a Arena da Baixada sempre foi uma arma atleticana. Estreante contra o Flamengo, o técnico Eduardo Baptista já conhece o ambiente da Arena estando do outro lado e reforçou a importância da torcida para acabar com essa sequência negativa, principalmente contra o Santa Cruz, quarta-feira (31), às 19h30, valendo vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.

“Já vim jogar algumas vezes aqui e sempre tomei pressão da torcida. É muito bom saber que a torcida está do nosso lado e eles vieram juntos e nos apoiaram até o final, pois nós mostramos a raça que eles tanto cobram, mas também uma organização ofensiva, com chegada, finalizações e isso é importante. Se sempre fizermos isso, o ambiente aqui será especial e vai nos ajudar”, afirmou o treinador.

Outras sequências

A primeira má fase do Atlético na Arena da Baixada aconteceu em 2002, quando o time somou cinco confrontos seguidos sem ganhar, com um empate (1×1 com o São Paulo) e quatro derrotas (1×3 Gama, 0x1 São Caetano e Ponte Preta e 2×3 Internacional), todos pelo Brasileirão. Em 2007, foram quatro jogos, com dois empates (1×1 com Náutico e Fluminense) e duas derrotas (0x3 para o Goiás e 0x1 para o Santos).

Já em 2009 o retrospecto foi exatamente igual ao atual, com três derrotas seguidas (0x2 para o Vitória, 3×2 para o Náutico e 0x4 para o Atlético-MG) e depois um empate (2×2 com o Palmeiras).

Confira a classificação completa do Campeonato Brasileiro!

Por fim, em 2011, no ano em que o Rubro-Negro acabou rebaixado no Campeonato Brasileiro, aquela equipe somou seis jogos seguidos sem ganhar, com quatro empates (2×2 América-MG e Palmeiras, 0x0 com Figueirense e 1×1 Fluminense) e duas derrotas (0x1 Atlético-MG e Flamengo, sendo este último custando a eliminação na Copa Sul-Americana).