Bastidores

Atlético viveu “dia de terror” em viagem frustrada

O aeroporto de Chapecó, um dos "personagens" do sofrimento rubro-negro. Foto: Arquivo

Um voo curto, de pouco menos de uma hora. Em condições normais, seria uma terça-feira (21) tranquila para o Atlético. Mas virou um dia de agonia com a frustrada viagem para Chapecó. Uma sequência de acontecimentos ameaçou a partida desta quarta (22) contra a Chapecoense, que no final foi confirmada para as 19h30. Isso se a delegação rubro-negra chegar em Santa Catarina.

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A rotina atleticana estava sendo seguida sem maiores problemas. Na manhã desta terça, houve treino no CT do Caju, e a viagem estava marcada para as 14h30. A confusão começou por conta do avião fretado pelo clube para a ida até Chapecó. A decisão tinha motivo: a dificuldade de chegar lá em aviões comerciais. Não há voos diretos de Curitiba para a cidade catarinense e é comum o fechamento do aeroporto Serafin Enoss Bertaso durante o inverno. Na segunda-feira (20), a delegação da Chapecoense voltou de São Paulo e teve que descer em Porto Alegre, indo de ônibus para casa.

Só que o avião fretado pelo Atlético, da companhia Sideral, não tinha homologação para operar por instrumentos – na tarde desta terça, só era possível aterrissar em Chapecó com o chamado auxílio de navegação. Sem autorização para descer em Santa Catarina, a opção foi ir até Passo Fundo. Mas as condições climáticas na cidade gaúcha também eram ruins. Foram feitas três tentativas de aterrissagem, o avião chegou a arremeter e a decisão foi retornar para Curitiba.

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A partir deste momento, começaram as negociações com a CBF para um possível adiamento do jogo. Mas a entidade não estava aceitando uma mudança de data. Já no aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, a delegação rubro-negra estudava como chegar a Chapecó. Por volta das 17h30, havia duas opções: seguir de ônibus ou uma viagem em quatro jatinhos, com o grupo sendo dividido para conseguir viajar.

Foi a vez dos jogadores reagirem. As duas opções foram rejeitadas pela maioria, o que levou a direção do Atlético a decidir retornar para o CT do Caju. Enquanto mantinha conversas com a CBF, os cartolas tentavam convencer os atletas a aceitar alguma opção. Mas o pedido deles era apenas de seguir viagem nesta quarta-feira, em um avião de maior porte.

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Mas seguir no dia do jogo também implica em risco de atraso, e com a previsão do tempo apontando frio e muita nebulosidade para Chapecó, a possibilidade de o Atlético ter dificuldade para chegar é muito grande. Foi quando a CBF admitiu transferir o jogo, inclusive já com a data de 13 de setembro escolhida. A informação do cancelamento da partida chegou ao Furacão, mas as negociações continuaram.

E apenas às 19h50 chegou-se a um consenso. Os jogadores aceitaram viajar, o Atlético confirmou que iria a Chapecó e a CBF “remarcou” o jogo para esta quarta, às 19h30. O voo da delegação rubro-negra está marcado para as 11h. Um voo curto, de pouco menos de uma hora. Que dessa vez realmente seja assim.

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