Ao ritmo dele!

Atlético tem em Thiago Carleto a sua principal peça em 2018

Thiago Carleto tem sido decisivo com a camisa rubro-negra. Foto: Jonathan Campos.

Os seis últimos jogos do Atlético evidenciaram que, sem criatividade, o time está dependendo das bolas paradas para marcar gols. E quando se fala em bola parada, o sinônimo dentro do elenco é Thiago Carleto. O lateral-esquerdo tem sido decisivo no time, já que além de marcar, deu assistências importantes para o time ao longo da temporada. Porém, a diferença é que nas primeiras apresentações da equipe comandada pro Fernando Diniz no ano, o estilo de jogo com muita troca de passes surtia efeito para que o setor ofensivo conseguisse ser eficiente com a bola rolando. Agora, o Rubro-Negro já não é tão letal, e precisa contar com as bombas que saem dos pés do camisa 26 para achar os gols.

Desde que chegou ao Furacão, Carleto já fez 16 jogos com a camisa do Atlético. O jogador só ficou de fora nos duelos da Sul-Americana, porque cumpriu suspensão, por conta de uma expulsão na Libertadores de 2013, quando defendia o São Paulo.

Nos 25 gols marcados pelo Rubro-Negro neste ano, em 11 o jogador teve participação, seja mandando para o fundo das redes, com assistências ou sendo decisivo, com chutes fortes que possibilitaram rebotes para os companheiros marcarem. Foram três gols assinalados até aqui – dois pelo Campeonato Brasileiro e um pela Copa do Brasil -, cinco assistências e a participação em outros três. Nos últimos seis jogos do Atlético, todos os quatro gols marcados tiveram o envolvimento de Carleto. A última vez que o Atlético balançou as redes com a bola rolando foi contra o Newell’s Old Boys, pela Copa Sul-Americana, no dia 10 de maio, partida em que justamente o lateral estava de fora. Caso o jogador estivesse em campo no duelo, os números poderiam, ainda, ser maiores em relação à importância do jogador no time.

Ainda que o levantamento mostre a atuação direta do jogador em 44% dos gols atleticanos (do time principal) em 2018, o técnico Fernando Diniz descarta uma ‘Carletodependência‘.

“Sobre a gente estar dependente do Carleto, hoje (domingo – contra o América-MG) não foi essa questão, nem contra o Santos. A gente teve inúmeras chances de fazer contra o Santos e por conta da circunstância os gols vieram de bola parada, mas tanto o jogo de hoje, quanto o jogo do Santos, tivemos inúmeras chances de fazer gol com a bola em movimento também”, explicou.

Thiago Carleto é o "cara" do Furacão na temporada. Foto: Albari Rosa.
Thiago Carleto é o “cara” do Furacão na temporada. Foto: Albari Rosa.

Contestado pela substituição do lateral-erquerdo titular pelo reserva – Renan Lodi entrou no segundo tempo -, no compromisso contra o América-MG, o comandante disse que pensou em preservar o jogador. Autor do gol atleticano, ao sair de campo, Thiago Carleto ficou por alguns minutos isolado, com expressão que demostrava insatisfação. Apenas depois de ‘esfriar a cabeça‘ ele se juntou aos demais jogadores no banco de reservas. Após sua saída, o time levou a virada e perdeu por 3×1. Fernando Diniz negou que o jogador tenha ficado irritado por ter sido sacado de campo.

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“O Carleto tinha falado que ele hoje não estava bem, ele vem de uma sequência grande de jogos. Ele ficou chateado porque o time perdeu, de maneira alguma por conta da substituição”, falou o técnico.

Para Fernando Diniz o fato de o time estar conseguindo fazer gols somente de bolas paradas, é algo eventual.

“Os gols de bola parada se devem às circunstâncias. A gente não tem conseguido finalizar as chances que a gente tem de bola rolando. Mas a gente tem criado. A gente criou mais de uma chance em gol e não conseguiu fazer. É circunstancial. Não é que a gente não criou chance, a gente criou, mas não fez”, disparou o treinador.