O empate com o Cianorte em 0x0, sábado (27), na Arena da Baixada, não era o placar que o torcedor do Atlético esperava. Vindo de duas vitórias – 2×1 contra o Maringá e o convincente 3×0 sobre o Paraná Clube – a projeção era de que o Rubro-Negro confirmasse o favoritismo no Campeonato Paranaense sobre o Leão do Vale, o que acabou não acontecendo, para o técnico Tiago Nunes, pelo jogo fechado que o adversário fez o tempo todo.
“Fomos bem marcados, criamos volume de jogo, porque o adversário nos ofereceu isso, mas não conseguimos concluir as jogadas, porque não permitiram. O adversário teve méritos em relação ao nosso ‘não sucesso’ do gol” disse o treinador, comentando sobre como a ansiedade do time atrapalhou nas finalizações.
“O time errou muitos passes, devido a um componente que é ansiedade de querer vencer de qualquer maneira. Estávamos com dificuldade de conseguirmos nos infiltrar no adversário, que estava bem armado. Então acabávamos tocando de qualquer jeito. Faltou investir mais no passe simples para, com muito trabalho de bola, encontrar um passe vencedor”, avaliou.
Tiago Nunes também considera que a sequência de três jogos em uma semana influenciou no rendimento dos jogadores atleticanos do time de aspirantes.
“O jogo de sábado passado contra o Maringá foi muito corrido, contra o Paraná a chuva deixou o campo pesado, nos desgastamos muito. Tínhamos que propor jogo contra o Cianorte, mas com a perna ‘pesada’ que os atletas estão, tivemos dificuldade”, completou ele.
Por outro lado, o técnico do Cianorte, Marcelo Caranhato, não escondeu seu contentamento com o empate. “Estou muito satisfeito. O Atlético finalizou com perigo apenas uma vez durante os 90 minutos. Tivemos o domínio de jogo, abaixando a linha para trabalhar na intermediária. Colocamos um quinto homem, formando uma linha de cinco na defesa. Conseguimos estancar bem o ataque adversário. Faltou apenas um último passe e a tranquilidade para fazer o gol”, ressaltou o comandante do time do interior.
Confira a classificação completa do Paranaense
Caso o Furacão encare outro adversário bem colocado defensivamente, Nunes ressaltou que terá que utilizar um estilo de jogo muito aplicado por Fernando Diniz, técnico do time principal.
“Para quebrar a defesa, temos que criar manobras de movimentações ofensivas para deslocarmos o adversário. Sabemos que a torcida não gosta desse tipo de troca de passes, mas vamos ter que rodar a bola para criar instabilidade no adversário e só assim tentar o gol. Teremos que ter essa tranquilidade para não erras passes e criar contra-ataques”, detalhou o treinador.
Copa do Brasil
Agora, o foco do Atlético muda. O time principal, enfim, vai estrear na temporada, diante do Caxias, pela Copa do Brasil, na terça-feira (30), às 21h30, no Centenário, enquanto o Rubro-Negro voltará a jogar no Estadual contra o Coritiba, domingo, às 17h no Couto Pereira. Devido à importância da competição nacional, Nunes faz questão de frisar que ainda não tem o time definido para o clássico.
“Primeiro vou ver quem será requisitado pelo Diniz, e só depois vamos pensar em como formar a equipe para o Atletiba”, finalizou.
E a preparação da equipe comandada por Diniz está na reta final. No domingo (28), o elenco fez um último treinamento em Curitiba, pela manhã, no CT do Caju, e já embarcou para Porte Alegre, onde faz, nesta segunda-feira (29), a última atividade antes de seguir para Caxias para a estreia.
“Temos trabalhado forte, inclusive em dois períodos. Fisicamente, temos chegado perto do que precisamos. Taticamente, desde a chegada do Diniz, ele conseguiu passar a ideia dele e temos nos adaptado”, destacou, em entrevista ao site atleticano, o meia Raphael Veiga, que deve ser titular contra o Caxias.
Do grupo do Estadual, os goleiros Léo e Santos, além do volante Bruno Guimarães, que sequer foi relacionado para o compromisso contra o Cianorte, são opções de Fernando Diniz para o duelo no Rio Grande do Sul.