Atlético segue em regime de concentração total

Fora da zona de rebaixamento, principais jogadores à disposição do técnico e toda a pinta de que a seqüência de bons resultados conquistados nos últimos jogos seria mantida. Porém, um vacilo e pronto.

O adversário toma conta da partida, vence e o tormento da Segundona está de volta. Essa é a história recente do Vasco, mas pode ser também a do Atlético, caso o time não entre totalmente focado e com os pés no chão para enfrentar o Vitória, amanhã à noite na Arena.

Até o início da 35.ª rodada, Atlético e Vasco eram os times com o 2.º melhor aproveitamento dentre as equipes do Brasileirão – nos últimos 4 jogos -, perdendo apenas para o São Paulo. Porém, o Gigante da Colina foi ao Mineirão, na quarta-feira, e saiu goleado pelo Galo: 4 a 1. Alerta total para o Furacão.

Atletas e comissão técnica estão cientes de que a fase é boa, mas ainda não conquistaram o objetivo principal que é escapar definitivamente do fantasma do rebaixamento. E pelo menos no discurso, nada de entrar de salto alto contra o Leão baiano.

“É muito bom ver nos jornais e noticiários que estamos fora da zona de rebaixamento. Mas estamos apenas um ponto fora. Agora é fazer o dever de casa para dar seqüência às vitórias. Não tem nada decidido. Precisamos de vitórias. Temos dois jogos em casa e temos que encará-los como finais”, afirmou o volante Chico, que deve ser mantido na equipe titular devido às boas apresentações.

O artilheiro Rafael Moura segue o discurso do companheiro. “Precisamos ter os pés no chão. Não podemos entrar no oba-oba da torcida, que reconhece que estamos jogando bem. Acredito que será uma partida tão difícil quanto a do Sport e temos que entrar focados para conseguir a vitória”, afirmou He-Man.

Geninho também cobra atenção total, pois a competição está chegando aos seus momentos decisivos e a disputa permanece ainda muita apertada. “É natural que o torcedor se entusiasme pelos últimos resultados, mas isso não pode acontecer com o grupo. A torcida pode ficar eufórica; nós temos que ter os pés no chão. Saber que as coisas melhoraram, mas ter a consciência de que temos uma caminhada longa pela frente. São 12 pontos para disputar e temos que conquistar pelo menos metade deles”, analisou o treinador comentando como deve ser o comportamento de seus comandados.

“Se já estávamos tendo sacrifícios, cuidados e um grande esforço, agora eles vão ter que ser maiores ainda. A convivência entre nós, que já é boa, tem que ser mais cultivada para que terminemos o ano bem”, ensinou.

Para o volante Zé Antônio, que atua improvisado na ala direita, não é hora de facilitar porque o Atlético depende apenas de suas próprias forças para permanecer na Série A.

“A vitória em Florianópolis foi importante e nos deu uma condição muito boa. Agora não dependemos de mais ninguém. Precisamos apenas continuar vencendo, independente do que os adversários (diretos) façam em seus jogos, pois vamos continuar fora da ZR. E esse é o nosso pensamento”, finalizou.