Atletas criticam Marco Aurélio Motta

Ela está grávida e não voltará ao vôlei. Assim, Ricarda, ex-líbero da seleção brasileira, pôde revelar parte dos motivos que, segundo ela, levaram várias atletas a pedirem dispensa ao técnico do Brasil, Marco Aurélio Motta. Playboy (?a seleção é seu brinquedo?), vingativo (?por isso não convoca Janina?) e incompetente (?não conhece o vôlei mundial e dá treinos fracos?) foram alguns dos adjetivos que Ricarda usou para definir o treinador.

?Não é má pessoa, mas é inseguro, vaidoso, tem mania de perseguição e não tem nem metade do conhecimento do Bernardinho (o ex-técnico da seleção feminina)?, disse outra atleta, que prefere não ter o nome divulgado para poder voltar a vestir a camisa do Brasil.

Em crise, a seleção feminina vive a renovação mais radical de sua história. Após a péssima temporada em 2001 e o quinto lugar na Montreux Volley Masters, em junho, Érika, Raquel  Walewska, Fofão e Virna pediram dispensa – Elisângela foi cortada. Da equipe que foi bronze nos Jogos de Sydney, em 2000, só Karin continua na seleção que estréia sexta-feira no Grand Prix da Ásia, em Tóquio, contra a Alemanha.

Ricarda e outras jogadoras contam a mesma história sobre a central Janina, bronze em Sydney, segunda melhor bloqueadora da Copa do Mundo de 99 e dona do melhor bloqueio nas Superligas 97/98, 98/99 e 2000/2001. Ela não é convocada por ter voltado ao Brasil, durante a disputa do último Grand Prix, sem a aprovação do técnico. Janina contundiu o joelho direito e o tratamento era cirúrgico.

?De fato, rolou discussão. Eu queria voltar. Ele, aguardar ordens da Confederação. Voltei, pois não jogaria o GP e tinha de resolver logo o problema. Graças a Deus, não operei?, contou Janina.

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