Peso no bolso

Athletico, Coritiba e Paraná Clube terão realidades bem diferentes em 2019

Pelo menos por enquanto, só o Athletico tem motivos para entrar em 2019 comemorando. Situação do Trio de Ferro é bem distinta para a próxima temporada. Fotos: Albari Rosa

Athletico, Coritiba e Paraná Clube vivem momentos bem diferentes. Essa realidade distinta do Trio de Ferro se reflete nas finanças dos três clubes para a temporada de 2019. Enquanto o Furacão, atual campeão da Sul-Americana e com um calendário farto pela frente no ano que vem, verá seu fluxo de caixa aumentar nos próximos 12 meses, Coxa e Tricolor, ambos na Série B do Campeonato Brasileiro, terão uma queda de orçamento considerável e, assim, certamente terão mais dificuldades para montar equipes competitivas para conseguir o acesso à primeira divisão.

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No pior cenário possível, o Rubro-Negro, para a próxima temporada, somente com recursos das competições que vai disputar e de direitos de transmissão de televisão, terá à disposição R$ 52 milhões. O clube ainda vai faturar com a venda de jogadores, como no caso do atacante Pablo, que foi para o São Paulo, com receitas de bilheterias, de sócios e de patrocinadores.

Além disso, caso tenha sucesso em campo nas competições que vai disputar, o Athletico pode ver sua receita ultrapassar os R$ 200 milhões. Hora e vez, segundo o presidente do conselho deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia, de assumir o protagonismo no futebol, dentro de campo. Assim, a tendência é de que o elenco atleticano seja fortalecido para as disputas da Libertadores, Copa do Brasil, Brasileirão, Copa Suruga e Recopa.

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Realidade bem diferente do seu maior rival. O Coritiba, com a permanência na segunda divisão, terá uma queda de orçamento de R$ 85 milhões para R$ 46 milhões, segundo previsão da diretoria. Ou seja, o mínimo que o time atleticano terá de dinheiro no ano que vem é acima do máximo que o Alviverde poderá trabalhar. O presidente Samir Namur, no segundo ano de mandato, terá que fazer mais com menos para acalmar um pouco a frustração do torcedor, que vem sofrendo nos últimos anos.

A receita de televisão do Verdão, por exemplo, caiu de R$ 35 milhões para R$ 8 milhões. Por isso, a diretoria optou pela contratação do executivo de futebol Rodrigo Pastana, que tem alguns acessos na bagagem e já mostrou capacidade de montar times competitivos com poucos recursos.

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A situação do Paraná Clube é ainda pior. O Tricolor, mesmo com um aumento considerável na receita em 2018, quando voltou a disputar a primeira divisão depois de dez anos na Série B, terminou o ano no vermelho. Conforme a Tribuna do Paraná adiantou nos últimos dias, os salários de funcionários e jogadores estão atrasados. Na teoria, isso não poderia acontecer, já que além do aumento de caixa neste ano, a diretoria paranista ainda vendeu um mando de campo na reta final do Campeonato Brasileiro, contra o Palmeiras, para Londrina.

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Assim, o Paraná já entra o ano de 2019 com prejuízo. O Tricolor, que montou um elenco fraco e foi presa fácil na disputa do Brasileirão, voltará a receber uma cota menor dos direitos de televisão. Assim, o time paranista deve ter um orçamento de pouco mais de R$ 20 milhões, contando com patrocínios e receitas de bilheterias e sócios, menos da metade que os dois rivais da capital.

Essa discrepância de realidades dos três times deve refletir em campo. Caberá a cada diretoria saber usar bem os recursos que tem em mãos para, diante dos objetivos distintos que terão pela frente, Athetico, Coritiba e Paraná Clube possam ter uma temporada de sucesso em 2019.

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