Abandono leva final da Segundona ao TJD

Terminou em quebra-pau e muita confusão a disputa da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense. O Nacional garantiu seu lugar na elite estadual ao vencer o Francisco Beltrão por 3 a 2, em casa, e ficou com o título da competição.

A tarde foi de dupla comemoração em Rolândia, com a vitória do Nacional e o aniversário de 74 anos da cidade. O NAC só perderia a vaga se fosse goleado, mas não deixou por menos e confirmou o retorno do à elite já no ano seguinte ao rebaixamento, em 2007. A segunda vaga permanece em aberto, após uma guerra sem vencedores em Foz do Iguaçu. Foz e Operário empataram em 1 a 1, em jogo que terminou aos 42? do segundo tempo. Revoltada com a marcação de um pênalti para o time da casa, a equipe de Ponta Grossa abandonou o gramado.

O encontro tinha tudo para ser uma grande festa. Cerca de 5 mil pessoas bateram o recorde de público do estádio ABC, para incentivar o time da casa a garantir o retorno à primeira divisão após 11 anos.

Para o Operário, há 15 anos longe da elite, o empate bastava. Após abrir o placar no primeiro minuto de jogo e sofrer o empate logo no início do segundo tempo, o Fantasma ia garantindo o acesso. Até os 42? da etapa final, quando o árbitro Edivaldo Elias da Silva marcou pênalti sobre o atacante Kanu, do Foz.

Inconformado, o time de Ponta Grossa partiu pra cima do juiz. No meio da confusão, o técnico do Operário, Rodrigo Muller, alegou ter sido agredido e decidiu tirar o time de campo.

Após aguardar o tempo regulamentar, o árbitro encerrou a partida, sem a cobrança do pênalti que poderia dar a vitória ao Foz. ?O Operário abandonou o campo de jogo aos 42? do 2º tempo. Vai para julgamento?, disse Edivaldo da Silva às rádios que cobriram o jogo.

A briga no tapetão promete ser quente. O Foz se apega ao Regulamento Geral das Competições da FPF. ?Se a partida estiver empatada, a associação que houver dado causa à suspensão, será declarada perdedora, pelo escore de 3 x 0?, diz a lei.

Mas o Operário alega que houve invasão de campo após a marcação do pênalti e que não havia segurança para o reinício da partida.

Com o resultado indefinido, as duas torcidas resolveram comemorar. Acreditando que o Foz será declarado vencedor, a galera invadiu o campo e deu a volta olímpica no ABC. Mas como a festa já estava armada em Ponta Grossa, a torcida do Fantasma foi para rua, confiante que o empate em 1 a 1 será mantido pelo tribunal.

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