Recursos pra treinar

Em vista das inúmeras opções de academias e da crescente oferta de equipamentos em clubes, condomínios e espaços públicos, um questionamento comum é a respeito da estrutura necessária para um bom programa de atividade física.

Muitos acreditam que um treinamento consistente está estreitamente ligado às condições disponíveis para sua prática, como a quantidade e a qualidade de equipamentos, a variedade de itens e objetos destinados aos exercícios, além de outros artifícios presentes no ambiente no intuito de uma experiência satisfatória ao praticante. Constrói-se, então, a percepção de que quanto mais recursos, melhor.

Obviamente estes elementos agregam bastante, criam um clima agradável para a atividade física e, quando bem aproveitados, possibilitam a diversificação de estímulos, algo essencial para obtenção de avanços no processo.

Outro aspecto a ser observado reside na ergonomia das máquinas e dispositivos encontrados, o que determina um conjunto de relações que interferem na execução e conforto dos exercícios. Em geral, isto representa custos, fazendo que certos equipamentos sejam lançados no mercado com uma qualidade inferior quando comparados com aqueles mais caros e menos acessíveis a uma parcela da população.

Contudo, embora importantes, esses aparatos não são os únicos componentes que devemos atentar pensando na elaboração de um programa de treinamento eficaz. Muitas vezes deparamos com indivíduos que dispõem de condições invejáveis, mas que não atingem seus objetivos, pois negligenciam outros fatores que atuam para tanto.

Na ausência de uma estrutura mais sofisticada é absolutamente possível a prática regular de atividade física, melhorando a aptidão física e a saúde. Prova disso, é a atual tendência de exercícios físicos em que o corpo e seus movimentos consistem no principal recurso do treinamento ou, ainda, os resultados expressivos de indivíduos que treinam em academias modestas e com opções restritas.