Musculação para idosos

O processo de envelhecimento traz implicações à capacidade funcional e à independência do indivíduo. Hoje encontramos um grande número de idosos que não conseguem participar de tarefas cotidianas relativamente simples.

Isto se dá em virtude de um cenário multifatorial, entretanto, de modo decisivo temos as alterações musculoesqueléticas, o acúmulo de doenças crônicas e o comprometimento da habilidade do sistema nervoso central em processar estímulos voltados à manutenção do equilíbrio corporal.

Dentre outras dificuldades, as quedas são as consequências mais perigosas, uma vez que ocasionam fraturas, imobilidade e danos psicológicos, chegando a desencadear cerca de 70% das mortes acidentais em idosos com mais de 75 anos.

Um programa de treinamento para idosos, então, precisa visar o equilíbrio, a coordenação, a força muscular e a flexibilidade. Nessa direção, uma ferramenta importante é a musculação, dada suas características (maior intensidade que exercícios aeróbicos, baixo impacto, etc.), segurança e capacidade de adaptação às exigências dessa população.

A musculação, com intensidade adequada, é uma atividade eficiente para o fortalecimento da musculatura, o incremento da densidade óssea, a melhora do equilíbrio e da postura corporal, além de auxiliar na prevenção e tratamento de doenças crônicas, dores articulares e distúrbios de sono, entre outros aspectos ligados ao envelhecimento.

Estes benefícios se traduzem numa melhor qualidade de vida na terceira idade, contribuindo, sobretudo, na autonomia diante das ações do dia a dia, como caminhar, subir escadas, levantar-se, mover objetos, etc. Embora corriqueiras, são situações que conferem maior independência aos idosos.

Devemos lembrar, ainda, que toda atividade física aparece como uma possibilidade de interação social, melhorando a autoestima e a confiança dos idosos.

Logicamente, o treinamento deve ser conduzido após uma criteriosa avaliação médica e sob acompanhamento profissional.

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