Quanto custa mesmo?

Embora saibamos que, entre os direitos básicos do consumidor, o direito à informação é, por certo, um dos mais importantes, nem sempre o mesmo é respeitado.

E o desrespeito se manifesta de diversas maneiras. Uma delas, muito comum, é a falta de preços afixadas em vitrines e expositores em lojas, ou até mesmo junto dos produtos, fazendo com que o cliente tenha que buscar, mesmo contra sua vontade, essas informações com vendedores, que nem sempre estão disponíveis.

Além disso, a forma como os preços são dispostos nas mercadorias, muitas vezes também caracteriza um desrespeito ao Código do Consumidor.

Quando um produto é financiado, por exemplo, é comum vermos cartazes que destacam o valor das prestações, que são colocadas em letras grandes. Todavia, informações quanto ao preço do produto à vista e a prazo, o número de prestações e o percentual de juros a serem pagos pelo consumidor não são informados da forma como deveriam.

A falta das informações dadas de maneira adequada, conforme determina o CDC, é uma prática abusiva, pois induz o consumidor adquirir produtos ou contratar serviços sem ter a noção real de quanto está pagando pelos mesmos. Pior ainda é que, em muitas situações, a quantia paga a título de juros corresponde ao dobro do valor à vista do produto, quantia que poderia ser destinada para a compra de outro produto.

O consumidor tem que ficar atento sempre e, se a lei fosse realmente respeitada, a pergunta ‘Quanto custa mesmo?‘ não seria tão frequente.