O que é que a pamonha tem? Na Praça Osório, quitute faz sucesso há 30 anos

Se no fim de semana os bares e restaurantes da cidade costumam ferver em Curitiba, uma quinta-feira de feriado como essa de Corpus Christi, não seria diferente. Com bares, lanchonetes e restaurantes lotados, o Rango Barateza desta vez correu para a praça ver qual era a boa. E foi exatamente na Praça Osório, na Feira de Inverno, que conhecemos a nossa personagem.

No meio daquela loucura da feira – quem já frequentou a Feira de Inverno no feriado sabe bem como é – uma barraca com uma fila generosa. Na vitrine, quem ama milho vai sentir o coração bater forte: pamonhas, bolos, doces, pudim, cuscuz nordestino, cuscuz paulista, suco de milho, milho cozido, milho no pote, curau, e por aí vai. É “o puro sabor do milho”, diz o slogan que encheria de orgulho qualquer asteca.

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A soteropolitana Milena Vargas é quem comanda a Casa da Pamonha há mais de 30 anos. É na Feira de Inverno e também na Feira do Largo da Ordem que ela bate o ponto nessas últimas décadas. “Ainda faço eventos em empresas, festa de escola. Essa época é uma correria”, conta a Milena, no meio da correria da feira.

Para dar conta de tantos quitutes, o milho precisa vir de São Paulo. “Aqui na região de Curitiba não tem local que dê conta. A compra é de caminhão”, revela, rindo. A quantidade exata do ingrediente amarelinho utilizada na semana Milena não sabe dizer, precisaria fazer as contas. Preferiu não chutar, para garantir a fidelidade da informação.

Junto com ela, uma equipe de 20 pessoas garante os quitutes para os eventos e feiras na época em que os doces de milhos são os mais desejados. Milena diz, orgulhosa, que já até saiu na capa de uma revista chique e apareceu no Fantástico ensinando a fazer Quentão. Uma TV local até a procurou, “não dei conta de atender”, confessa a baiana.

Enquanto conversávamos, a fila dava volta na barraca. Toda a equipe da Milena ajudava a atender a clientela sem fim. Mesmo assim, o sorriso no rosto continuou, as meninas mais novas riram timidamente quando pousaram para a foto. O trabalho é visivelmente cansativo, mas não afasta o bom humor e a simpatia das meninas.

Equipe da Casa da Pamonha. Foto: Eloá Cruz.

Mesmo eu sendo uma fã de comida salgada, a dica é se jogar nos doces de milho. O Lelé (R$ 12 a fatia), explica Milena, é um bolo tradicional que aprendeu na Bahia, de origem africana. O Manauê (R$ 12 a fatia) é outro bolo de milho também, mas de raízes indígenas e muito conhecido no Maranhão. Curau (R$ 12, 180 ml) e suco de milho (R$ 20, com 500 ml) são meus preferidos.

Todas as delícias de milho da Casa da Pamonha foram criadas com muita pesquisa. “A Secretaria de Abastecimento nos deu todo o suporte. Aqui todos também fizeram o curso de manipulação de alimentos”, garante Milena. Fila grande, surpresa boa. É assim todos os anos. E já adianto, a fila anda rápido. Então vale a pena o passeio!

Casa da Pamonha

Instagram: @casadapamonhacuritiba
Peça pelo WhatsApp e também no iFood: (41) 99946-9671
Aos domingos, na Feira do Largo da Ordem
Na Feira de Inverno da Praça Osório, de 7 a 17 de julho

*Os valores do cardápio divulgados no post são de junho de 2023 e podem sofrer alterações.

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