Na vitrine

Amanhã fecha o primeiro mês de Rafael Greca à frente da administração municipal. Pouco, quase nada, pra quem tem um mandato de quatro anos pra cumprir o que prometeu ao longo da campanha. Mas, diferente de outras trocas de prefeito, a impressão que se tem agora é que o atual fez muito em curto espaço de tempo. É o que o povão tem achado. Muitos com opinião exposta em comentários de matérias do nosso site.

Por que será? Greca está realmente acelerado? Gustavo Fruet governou com o pé no freio? As duas coisas. Mas, como na física, as duas forças se somam e o resultado parece dobrado. A distância entre as duas administrações se mostra muito maior do que realmente é. Mas, na prática, vale o que o cidadão enxerga e interpreta.

Fato é que muitas lâmpadas foram trocadas pela cidade, entulhos estão sendo recolhidos e até o novo zelador, mesmo sem saber ainda quando vai receber de salário, já está por aí xeretando, só pra garantir que tudo vai ficar direitinho no lugar. Curitiba está parecendo casa em dia de diarista, depois de um fim de semana de festa.

Greca está sabendo como ninguém, bem ao seu estilo, cacarejar seus feitos e intenções. Isso é muito bom. Clarear obras e ideias faz as pessoas terem boas e constantes sensações. Certamente não serão essas ações superficiais que vão garantir a ele sucesso no mandato e o tão sonhado diploma de missão cumprida. Mas o atual prefeito está nadando de braçadas, em relação ao seu antecessor, na gestão das expectativas de quem nele votou.

Isso mesmo tropeçando na língua algumas vezes. Já foram duas as oportunidades em que ele se atritou com secretários publicamente. Seus assessores mais próximos têm a missão de mantê-lo na linha. Ficar desautorizando gestor de primeiro escalão por aí não pega bem e pode provocar, rapidamente, desunião na equipe.

Rafael está indo bem. Precisa tirar do papel logo algum projeto mais ambicioso. A população aguarda ansiosa a mudança da vitrine.