Crítica

“Um príncipe em Nova York 2” traz Eddie Murphy de volta ao papel do príncipe Akeem

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Cena do filme "Um Príncipe em Nova York 2". Foto: Divulgação/Paramount Pictures

E uma das sequências mais aguardadas do cinema nos últimos meses finalmente estreou. Inicialmente anunciado para estrear em dezembro do ano passado nos cinemas e depois de sofrer vários adiamentos, “Um Príncipe em Nova York 2” teve sua distribuição adquirida pela Amazon pela bagatela de R$ 700 milhões e estreou na plataforma de streaming Prime Vídeo.

A nova comédia que conta as peripécias do príncipe Akeem, personagem de Eddie Murphy, estreou no streaming na última sexta-feira e já é considerada o maior lançamento deste tipo de plataforma desde o começo da pandemia, em fevereiro de 2020, segundo o serviço independente Screen Engine.

“Um Príncipe em Nova York 2” apresenta o retorno de grandes personagens e atores do primeiro longa, como James Earl Jones, no papel do Rei Jaffe Joffer; Shari Heandley, como Lisa, a agora esposa do príncipe Akeem; e Arsenio Hall, dando vida ao Semmi. A sequência também tem participação de outras estrelas da comédia norte-americana, como Leslie Jones e Tracy Morgan, ambos conhecidos por atuarem no programa Saturday Night Live; o eterno Blade dos cinemas, Wesley Snipes; e participação especial do Morgan Freeman.

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Cena de “Um Príncipe em Nova York 2”. Foto: Reprodução/YouTube

A trama se passa 30 anos após o primeiro filme quando o príncipe Akeem descobre que tem um filho bastardo nos EUA e decide voltar ao país em busca do herdeiro.

Do mesmo diretor de “Meu Nome é Dolemite”, Craig Brewer, a sequência aposta em reviver um dos personagens mais queridos da filmografia de Eddie Murphy junto a um grande elenco formado principalmente por humoristas consagrados do cinema e TV estadunidense.

O filme, no entanto, não é o que esperávamos ser. Eddie Murphy nos apresenta um príncipe Akeem morno, raso. Se a intenção era trazer o protagonista mais maduro, não foi uma boa ideia. Já seus outros personagens, como o cantor de soul Randy Watson, o barbeiro Clarence e o cliente judeu Saul voltam com o mesmo humor ácido do primeiro filme, um pouco mais velhos, é claro. Ao contrário de Hall, o ator retorna ao Semmi e seus outros personagens com as mesmas características do longa de 88.

Mesmo arrancando alguns risos no espectador, “Um Príncipe em Nova York 2” busca modernizar o humor, mas cai em clichês, piadas grotescas e primitivas. Além disso decepciona por aproveitar pouco às atuações de Leslie Jones e Tracy Morgan.

O encontro do filho perdido vira uma disputa para o posto de herdeiro do reino de Zamunda, com direito a aula de etiquetas, mudança de visual e provas de coragem para garantir o trono. Contudo, são apresentadas sem um grande clímax, com cenas fracas, transformando o novo filme numa adaptação para maiores do filme “Diário de uma Princesa”.

A sensação foi de que o estúdio quis apenas lucrar com uma produção que já fez sucesso no passado. Uma tática do cinema hollywoodiano que todos já conhecem, não é mesmo? Enfim, não é nenhum filme perdido, mas tinha tudo para ser uma ótima sequência.

Avaliação: ⭐⭐1/2
Pra quem curte: comédia
Pra assistir com: amigos, crush ou sozinho
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