Ataques quase tiraram o UFC de Fortaleza; Lutadores estavam preocupados

O ano de 2019 começou com uma grande dúvida para a organização do UFC. E o questionamento foi aumentando a cada dia de janeiro. Afinal, Fortaleza deveria mesmo receber uma edição do maior evento de lutas do mundo? No último mês, foram registrados mais de 50 ataques a ônibus, delegacias, postos de combustível e agências bancárias. A onda de violência foi noticiada em todo o Brasil. E o Ultimate temia mesmo pela segurança de seu staff, atletas e o público em geral.

Mesmo assim, o UFC foi mantido para o dia 2 de fevereiro, o último sábado, no Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO). Um ginásio, aliás, com toda a modernidade que Curitiba jamais viu. A segurança estava reforçada desde a entrada dos fãs, dos jornalistas ou de qualquer pessoa que estivesse ligada ao evento. Não houve qualquer problema para a direção do Ultimate. Pelo contrário, sobraram elogios. Sobraram emoções em um card recheado de brasileiros e de nomes de porte, como José Aldo e Demian Maia.

+ Leia mais: UFC Curitiba deve ser confirmado nos próximos dias

Quando o paranaense Rogério Bontorin subiu ao octógono pela primeira vez, no pontapé inicial do card preliminar, o público era pequeno no CFO. Passei a me questionar sobre a popularidade do MMA na região ou até pela questão dos ataques violentos mesmo. Mas, o meu questionamento foi por água abaixo quando as principais lutas se aproximavam. Ah, o Rogerinho estreou com o pé direito. Foi na base do “no peito e na raça”, como é normal para nós paranaenses.

Por outro lado, ainda no card preliminar, o parnanguara Júnior Albini não teve uma melhor sorte. Pela terceira vez consecutiva, nosso piá do Litoral acabou sendo derrotado. O nocaute sofrido pode ser um ponto final na passagem do paranaense pelo UFC. Vamos torcer para que não, afinal, o “Baby”, como é conhecido, já mostrou que tem potencial para incomodar na divisão dos pesos-pesados.

+ Confira também: Veja todos os resultados do UFC Fortaleza!

Mas, como eu vinha falando antes, Fortaleza surpreendeu com o passar do tempo. O CFO foi enchendo de uma maneira, o barulho foi crescendo a cada boa participação dos brasileiros no octógono. O que falar do veterano Thiago Pitbull? 13 anos de UFC e o cara nunca tinha lutado em sua casa, o Ceará. Ele foi empurrado pela massa para ganhar com o coração sobre o complicado Max Griffin. E o novato Johnny Walker? Bastaram 15 segundos para o carioca acabar com qualquer sonho do americano Justin Ledet.

E Demian Maia? 41 anos nas costas e o preparo físico de um guri. Mais uma aula de jiu-jitsu, que acabou com uma finalização sobre Lyman Good. Preciso falar de José Aldo? Essa lenda já vinha sendo apontado como azarão contra o brasiliense Renato Moicano. Mas, na hora do pega pra capar, o Scarface mostrou o que é ser um mito. Um nocaute fulminante no segundo round pra levar os cearenses à loucura. Como de praxe, o campeão do povo correu para os abraços dos brasileiros.

Por fim, um show do carioca Marlon Moraes contra o pernambucano Raphael Assunção na luta principal. O “Mágico” faturou por nocaute ainda no primeiro round e pediu, com Justiça, uma chance pelo título dos galos. Fortaleza veio abaixo, no bom sentido. A explosão foi de felicidade, pra um povo que quer que o “coro coma” apenas no octógono e não em sua bela cidade.

+ APP da Tribuna: as notícias de Curitiba e região e do Trio de Ferro com muita agilidade e sem pesar na memória do seu celular. Baixe agora e experimente!