Música e literatura

O que Chico Buarque, David Bowie e Sepultura têm em comum? A literatura. Da MPB ao heavy metal, os livros têm se tornado uma boa fonte de referências para a construção de músicas e álbuns conceituais. Chico, que atualmente está de mal com o mundo por conta da polêmica das biografias, construiu a sua famosa canção “Geni e o zepelim” com base no conto “Bola de sebo”, de Guy de Maupassant.

David Bowie escreveu as canções de “Diamong dogs”, de 1974, inspirado no clássico distópico “1984”, publicado em 1949 por George Orwell. Já o Sepultura usou “A Divina comédia”, de Dante, para criar o disco conceitual “Dante XXI”, de 2006. Diferenças à parte, os três conseguiram transpor as “barreiras” do livro e criar uma nova obra que, em todos os casos, é referência no catálogo do artista.

Outro caso: muita gente não sabe, mas “Pais e filhos”, da Legião Urbana, tem esse título graças ao livro homônimo do escritor russo Ivan Turgenev, assim como grande parte das óperas tem como base textos literários. A fusão entre música e literatura ajuda a criar novos leitores e arrebatar novos ouvintes.

Se formos ainda mais longe e pensarmos nos cantores que têm sua essência na poesia, como é o caso de Leonard Cohen, Bob Dylan e (o recém-falecido) Lou Reed, poderemos perceber que a literatura e a música não só caminham lado a lado, mas também de mãos dadas.

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