Proibir o uso de fogos de artifício não é mero “mi mi mi”; prática é prejudicial

Em pleno 2023, com tantas campanhas em prol do bem-estar de crianças, idosos, pessoas em condições especiais, animais e meio ambiente em geral, ainda temos que bater na tecla do porquê que não devemos mais fazer uso de FOGOS DE ARTIFÍCIO.

É alarmante perceber que, apesar dos avanços nas iniciativas de conscientização social, a prática de soltar fogos de artifício persiste, muitas vezes ignorando os impactos negativos que ela gera. Diante desse cenário, é fundamental falar sobre o assunto, buscar entender e conscientizar a sociedade que já passou da hora de abandonar uma tradição que, além de ser prejudicial a diversos seres vivos, ainda é frequentemente minimizada por alguns como mero “mi mi mi”, desconsiderando as consequências reais para o bem-estar coletivo.

Confiram comigo:

  1. Impacto na saúde sensitiva: podem representar um sério problema de saúde para grupos vulneráveis, como idosos, autistas e crianças pequenas. O ruído repentino e intenso pode causar ansiedade, estresse e desconforto, além de ser potencialmente prejudicial para pacientes em hospitais, interferindo em processos de recuperação e descanso.
  1. Poluição Sonora e Ambiental: geram poluição sonora intensa, perturbando a fauna e causando estresse em animais. Além disso, a fumaça liberada contribui para a poluição do ar. Temos como exemplo um caso recente do cãozinho Bandit que se assustou e escapou da guia de sua tutora @patricianobretreinadora enquanto ela passeava pelo Parque Barigui durante um evento promovido pela própria prefeitura da cidade. Bandit ficou 21 dias perdido, longe de casa, sozinho, assustado e sem sua medicação anticonvulsivante. Nesse caso, pela persistência e amor da tutora, além da ajuda de muitas pessoas que se solidarizam com a causa, o cãozinho foi encontrado.

    Cabe salientar aqui que a mesma prefeitura tem uma lei que proíbe comércio e queima de fogos com estampido.
  2. Impacto na qualidade do ar: Substâncias químicas liberadas pelos fogos, como metais pesados e compostos tóxicos, podem prejudicar a qualidade do ar, afetando a saúde humana e o meio ambiente.
  3. Risco de incêndios: A queima de fogos aumenta significativamente o risco de incêndios, especialmente em áreas secas ou florestais, contribuindo para a degradação ambiental e perda de biodiversidade.
  4. Risco de acidentes: Não são raros relatos de queimaduras e ferimentos em pessoas que manuseiam os fogos bem como de pessoas que estão ao redor. Fico muito triste em saber que ainda veremos os meios de comunicação noticiando um caso ali e outro aqui de acidentes com essa prática.
  5. Desperdício de recursos: A fabricação e utilização de fogos de artifício consomem recursos naturais não renováveis, como metais e produtos químicos, contribuindo para a exploração não sustentável.
  6. Estímulo à indústria poluente: A demanda por fogos de artifício incentiva uma indústria que muitas vezes não adota práticas sustentáveis, desde a produção até o descarte, intensificando impactos ambientais negativos.

Já deu, né? Já passou da hora. Soltar fogos de artifício com estampido é brega, é desrespeitoso, é demodê. À medida que avançamos no século XXI, é crucial repensarmos as práticas que já não condizem com uma sociedade mais consciente e compassiva. A noção de entretenimento que envolve a explosão estrondosa de fogos contrasta com a crescente sensibilidade para com o sofrimento alheio, seja ele humano ou animal. É hora de abandonarmos tradições que não apenas carecem de elegância e empatia, mas que, sobretudo, representam um desrespeito evidente aos princípios fundamentais de coexistência e responsabilidade ambiental.

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