Uma vitória para Theo

O menino Theo Pinheiro Arcênio era tão apaixonado, que aos 8 anos já havia defendido a sua tese: era doutor em Atlético. E praticava essa paixão todos os minutos de todos os dias, como se fosse a última vez.

Não resistindo à doença de Lorenzo, Theo foi embora. Mas lá em cima já deve ter encontrado os seus valores e os seus super heróis. E plagiando “Hoje é dia de futebol”, do imortal Carlos Drummond de Andrade, é possível escrever: “O Furacão joga só na Baixada? O Furacão joga na rua, o Furacão joga na alma, o Furacão joga no céu”.

Mas, no caminho que tomou, lá do alto, Theo deve ter parado noventa minutos para ver a homenagem que o Atlético lhe prestava na Baixada.

Atlético 4×0 América-MG.

Uma vitória grandiosa, e não foi pelos números. Foi pela beleza dos seus gols, um mais bonito do que o outro. O de Marcelo Cirino, quando o jogo mal tinha começado, produzido por uma intensa troca de passes para chegar ao gol; bonito o de Cirino, mas não comparável ao de Raphael Veiga, quando a virtude do chute à média distância torna-se arma fatal. No terceiro, o belo não esteve no gol de Nikão, mas na jogada criada por Bruno Guimarães. E no fim, o mais belo de todos, o de Pablo, por enaltecer o futebol coletivo.

Bruno Guimarães, que joga bem mais que Wellington, foi o melhor em campo.

Nova etapa

Se a vitória sobre o Avaí (1×0) fez o Coritiba acordar no caixão, segundo seu treinador Argel Fucks, a vitória sobre o Juventude (2×1) fez levantá-lo. Aos trancos, de pênalti convertido pelo goleiro Wilson, no último segundo de jogo, ganhou. A partir do jogo em Florianópolis, contra o Figueirense, tem que sair andando. Se jogar o que jogou contra o Juventude, é capaz de voltar a deitar no caixão.

Eleições

Votei dirigido pela lição que a vida me ensinou, que não há ditadura mais sanguinária do que a da corrupção. Nessa, usa a democracia como pretexto e criam-se benefícios sociais, para desviar-se a atenção do assalto aos cofres públicos.

É uma ditadura silenciosa, que tortura a dignidade humana.