Risco

Não vejo risco do Atlético deixar de ir à final. Parto de uma presunção lógica: jogando a sua pior partida neste campeonato, ainda assim conseguiu empatar em Londrina. Mas se não fosse aquele gol casuístico de Ilan em Londrina, haveria o risco em potencial.

Não há como se afastar a sensação de uma fase de queda. Parece contradição, mas contratou dez jogadores e agora lhe falta reposição para um time que já não é bom. Para passar à final, terá que improvisar André e Bruno Lança no meio-de-campo, e arriscar com Marinho, que não joga noventa minutos há mais de um ano. Sem Adriano e com Ilan sem preparo, estimula ainda mais o treinador a provocar embaraços táticos. Está invicto, mas não nega temor pela perda final. Não são fatos contraditórios. A torcida foi enganada, outra vez, com a contratação de dez jogadores que antigamente seriam identificados como “bondes”.

São fatos tão verdadeiros, que se adota a raça como a condição para não correr risco neste jogo contra o Londrina. Ao adotar a raça como discurso para vencer, contra um time de limitações flagrantes, é que não se podem contestar as deficiências individuais e táticas.

Como se vê poucas virtudes no Londrina, é de se concluir que o Atlético só corre o risco de perder para si próprio.

Lealdade

Não se pode negar a honestidade da torcida do Atlético com o clube. Leio no site E-Atlético, o resultado parcial de uma pesquisa que provoca o torcedor para responder qual seria o preço justo. No momento em que escrevia, eram 745 votantes (15h10), com a rigorosa divisão de 34,4% entre os preços de 15 e 20 reais.

A honestidade do torcedor está em não ser oportunista. Diante do clamor público teria razões de sustentar o congelamento para 15 reais. No entanto se aceita o valor de 20 reais na mesma proporção, o que já seria um reajuste fora da realidade da perda do poder aquisitivo do salário.