Hoje é dia de jogo

Deve haver um significado de ser o terceiro colocado no campeonato do Paraguai, tradicionalmente, centrado no Cerro e no Olímpia. O Guaraní é esse terceiro, que irá jogar com o Athletico (aquele que não joga), hoje à noite, às 19h30, na Baixada.

Por mais que seja amistoso, um jogo contra os paraguaios provoca uma razoável competição. E é o que o Furacão está precisando para ter a exata consciência das condições do time, que irá estrear na Libertadores.

Bem por isso, é de se presumir que o treinador Tiago Nunes não faça que fez contra o General Diaz, fazendo circular quase 20 jogadores.

Se não bastasse o pouco tempo para a estreia, há que se considerar a eventual ausência de Lucho González. Sem Lucho, que foi o fio condutor do sucesso de 2018, não é tese, o sistema exige tempo e bola.

Para quem fez duas partidas em 40 dias, a velha lição de Didi, segundo a qual “treino é treino, jogo é jogo”, não vale para o Furacão.

Hoje é noite de jogo.

Prestigiado

Seja qual for o novo treinador do Coritiba, será por ter aceito um salário “inferior a R$ 100 mil”, como anunciou Rodrigo Pastana.

Quer dizer: o Coritiba não será formado e comandado por um técnico que tenha capacidade e experiência, mas por um técnico que aceita ganhar pouco.

Eu não estou afirmando que o Coritiba erra ao condicionar a contratação ao valor do salário. Ao contrário, entendo até razoável buscar alternativas que o afaste dos excessos do mercado. O que erra é tornar pública essa condição.

Ocorre que no futebol brasileiro, a confiança do torcedor em um técnico é graduada pelo que ele ganha. Na medida em que é tornada pública a submissão à restrição salarial, o treinador já chega sem prestígio. Sem essa proteção, sujeita-se imediatamente, à consequência de resultados negativos. Na primeira derrota, o torcedor vai tratá-lo como alguém que ganha só alguns salários mínimos.

Namur é assim. Quando tenta fazer a coisa certa, estraga.