Fatos

1º: Há um impasse entre clubes e televisão para a cessão dos direitos do Estadual. E a questão, ao contrário do que parece, não está entre o que a televisão oferece e os clubes exigem. O problema, que é a questão, está entre os clubes e a Federação Paranaense de Futebol, que tem os poderes para negociar. E aí, a fatia maior que os clubes pedem, a televisão quer pagar. Só que fica para a entidade comandada por Hélio Cury. Se os clubes forem negociar diretamente com a televisão, mesmo que individualmente, pois cada um sabe onde dói o calo, resolveriam o problema. Se Cury não aceitar, o problema é de Cury. O campeonato tem que ser jogado.

2º: Uma nova notícia: o Coritiba tem um projeto para construir um estádio no Pinheirão. Já teve no Couto Pereira, no Sitio Cercado, e até na Cidade Industrial. Sempre que pode, o doutor Alcenir Guerra volta ao noticiário, transformando o fato em um desastre para os coxas. Ele deveria fazer uma busca no passado. Quando Arion Cornelsen e Evangelino Neves quiseram fazer o Couto Pereira, não anunciaram. Fizeram. Das duas, uma: ou Guerra deveria ficar quieto, ou só aparecer quando tiver a solução, se é que essa é possível. O que não pode é transformar uma coisa séria na vida do grande clube em motivo de chacota. Até os coxas ficam constrangidos com essa notícia.

3º: O jornalista Juca Kfouri falou que o Furacão é um “time grameiro”. Bem educado, foi a forma que usou para dar a sua visão do comportamento contraditório do Atlético no campeonato: ganha na Baixada, que tem grama sintética, e perde fora dela, em grama natural. Se não é essa a explicação, se mantivesse no campo de grama natural a metade da média de pontos que conquistou na Baixada, o Furacão estaria competindo pelo título do Brasileiro.

A questão sendo matemática, portanto, é de lógica. Se a solução não está na natureza da grama, passa a ser da qualidade do time, que é a minha conclusão, e do próprio técnico, que não sabe armar o time para jogar fora. Seja o que for, o expediente usado pelo Furacão é legal e resolveu o problema cultural de sua história, que é o gramado da Baixada.