Fantasma

Os coxas estão vendo fantasmas por onde andam. É natural: o ser humano é dominado pelas piores sensações quando está em perspectiva de fracasso. O maior desses fantasmas é o Fluminense, adversário de sábado no Couto Pereira. É inevitável a lembrança de 6 de dezembro de 2009: 35 mil coxas viram o Coritiba empatar (1×1) com o Tricolor e ser rebaixado para a segunda divisão. E, depois, tiveram que misturar a amargura da derrota com o medo da violência praticada pela organizada. Foi uma tarde de horror.

As coincidências param no Fluminense. As circunstâncias são outras. Naquela vez, o Coritiba não conseguia evitar a sua decadência técnica jogo a jogo. Agora está em uma fase técnica que, no mínimo, mantém estabilidade, que às vezes dá a impressão de melhorar, como o excelente jogo que fez contra o Corinthians. E tem Alex bem mais confiável do que Marcelinho Paraíba, que era a esperança na época.

Apenas concordo que há fantasmas que se eternizam. E, às vezes, não vêem em forma de silhuetas.

Riscos

Vou escrever algumas linhas sobre o Paraná. A situação saiu de controle depois que Ricardinho assumiu. Entre os defeitos que têm como treinador existe um que é fatal: a mudança sistemática do time. As consequências são o esvaziamento da ordem do jogo e a insegurança dos jogadores. E, por isso, é que o Paraná, agora, tem uma luta direta contra o rebaixamento para a terceira divisão.

Mas Ricardinho tem outro defeito terrível como técnico. É daqueles que quer impor as suas idéias usando a si próprio como referência. O uso do pronome pessoal (eu) em uma atividade de grupo causa estragos.