Direito sob encomenda

O promotor Maximiliano Deliberador, que criou o sistema de “torcida única” nos jogos de futebol em Curitiba, afirma que a adesão, sendo facultativa, permite a qualquer clube entrar e sair de acordo com o interesse de cada um. Não conheço o doutor Deliberador. Mas a impressão é daqueles operadores de direitos consumistas, que pensa que o Direito é ingênuo.

Se é uma faculdade dos clubes adotarem o sistema, o doutor Deliberativo não quer desconstruí-lo ou, se quer e não pode, derroga a sua própria competência. Então, não tinha competência para criá-lo.

O promotor torna o caso inusitado perante o Direito, porque sendo uma faculdade o cumprimento da ordem, Mário Celso Petraglia, que pelo Atlético foi o único a adotar o sistema, se tornou “legislador e executor”. Era só o que faltava.

E o doutor Deliberador sabia que o sonho do cartola era impor o sistema de “torcida única”. Confesso que não consigo juntar as peças para entender essa “faculdade” que o doutor Deliberador deu a Mario Celso Petraglia, sendo o que é.

Se forçar a juntada, a impressão é que foi feita sob encomenda. Ou o doutor Deliberador caiu no “conto do vigário” e agora está pagando a conta.

Escolha arriscada

O Paraná mudou o comando técnico: primeiro contratou o já usado Claudinei Oliveira e, depois, mandou embora Micale. Não sei qual foi o critério usado para contratar Claudinei. Sobra de mercado, pode ser.
É uma escolha arriscada. Claudinei até que já fez bons trabalhos. Mas tem um grave defeito para comandar um time que está na lanterna: de personalidade pacífica, não gosta de enfrentamentos e quer agradar todo mundo. Do presidente ao massagista, aceita opiniões.
Volta triunfal
José Carlos Farinhaki, ex-presidente do Atlético, está de volta ao clube. Em silêncio, informalmente, é o assessor especial de Mário Celso Petraglia junto aos sócios. O seu papel é reunir sócios no CT do Caju para assistir a um filme e uma palestra de Petraglia sobre o seguinte tema: o Atlético antes e depois de Petraglia. O objetivo é convencer os sócios de votarem a favor da transformação do clube em sociedade anônima. Na próxima semana, escrevo sobre o tema.