Celestial

O Atlético venceu o Corinthians, 3×2. E foi no Pacaembu, virando um placar de 0x2. E foi um resultado que veio do céu. Não daquele que tem o carimbo da sorte e do acaso. Veio do céu, com a identidade de justo e com a exclamação divina: leva, porque merece!

Nada foi ocasional. Tudo foi natural a partir do segundo tempo. Com Fabricio e Fernandinho, a disposição de jogo foi outra. Ao invés da angustiante espera do contra ataque que era impossível pela falta de criação, a iniciativa do ataque; ao contrário de marcar no seu campo, adiantou a marcação e acuou o Corinthians. Por isso, com a posse de bola, teve o domínio do jogo. E a conseqüência foi um empate sem nenhum trauma. Relâmpago. Depois, a vitória espetacular no chute de falta de Douglas Silva, veio como colorário de um fato justo.

A vitória foi tão justa, que o gol final saiu no último segundo. Foi para não dar chance para o acaso.

O significado da vitória vai além dos três pontos, que afastam o Atlético de desconforto do 17.º lugar. Alcança o lado emocional, pois devolve um pouco a própria estima. E mais: Mário Sérgio teve a lição definitiva que não adianta perder quarenta e cinco minutos com Alessandro e Ivan.

Goleada

A goleada sofrida para o Santos (4×0) tem que ser absorvida com inteligência pelos coxas. É impossível que um time não sofra tamanho constrangimento com a zaga, quando enfrenta um poder ofensivo como o do time paulista.

Por mais fechado que seja o esquema e por mais forte que seja a marcação, o jogo alcança um momento em que é inibido o uso da força e do corpo. A falta de qualidade técnica da zaga, foi falta. Ceará por si e pela falta de cobertura, foi um desastre. E todos viram (Bonamigo, principalmente), que por seu lado, Diego, Léo e o extraordinário Robinho iriam jogar. Jogaram, golearam e só não humilharam, porque qualquer um está arriscado a tomar de quatro do Santos.

A dúvida é se mais esta derrota é sinal de decadência ou mera conseqüência de resultados. Seja o que for, as duas últimas derrotas foram em confrontos diretos. O significado na seqüência pode ser o de perda.

Normal

O Paraná continua levando a vida que pediu a Deus. Já que não pode disputar nada, vai ganhando um pontinho aqui, outro ali. O empate com o Vasco em Florianópolis (3×3) foi o reflexo da igualdade entre os dois times jogando em campo neutro.

Com um pontinho aqui, outro ali, uma vitória eventual, o Paraná vai agradecendo a Deus.