Bandeirante

Não é possível negar, coincidência ou não, que a partir de Kléberson, Felipão arrumou taticamente o Brasil para o penta. Hoje, o Brasil joga a medalha de ouro contra a Argentina, e o núcleo da esperança de ganho é o menino Dagoberto. Como Kléberson, Dagoberto é do Atlético; como Kléberson, Dagoberto foi descoberto por Ticão.

Ticão é um ex-zagueiro do Atlético, que se tornou um bandeirante dos tempos modernos: ao invés de descobrir terras e caçar índios, corre o Brasil caçando craques.

Um dia, ainda, quero entender por que ao invés de dividir o Atlético, não soma. Apenas, Ticão e o Atlético.

Objetivo

Li uma nota de jornal de que o objetivo do Coritiba é ser campeão do Brasil. Tal pretensão, exposta em público, poderia ser ironizada. Mas não deve. É que, pela primeira vez, um dos nossos times revelou uma pretensão de grandeza neste campeonato. Se for difícil ou até impossível, não importa. Mas é um objetivo e uma proposta de vida.

O que entendo é que foi posta um pouco tarde. A forma deste campeonato não permite sonhar no meio do caminho. A realidade começa na primeira rodada. Mas como objetivos motivam, seja qual for a sua natureza, pode ser um estímulo emocional de Bonamigo.

Diferença

Perguntam-me os paranistas qual a diferença entre Edu Marangon e Saulo. Talvez, a grife da roupa. Não discuto se Saulo deveria ser substituído ou não. Mas a partir de seu afastamento, a opção deveria ser outra bem menos arriscada. O Paraná não escolheu Edu pelo que ele já fez como treinador, mesmo porque o fato de maior repercussão da sua carreira foi o rebaixamento da Portuguesa.

O campeonato, embora já tenha passado da metade, tem muito ainda a ser jogado. Edu, por ainda ser novo na carreira, não tem sustentação popular. Uma derrota neste estágio de principiante sempre repercute em dobro.

De primeira: Saio de cena por alguns dias. Viajo e volto na quarta-feira, dia 20.