Mafuz

Lições para Dorival Junior

Foto: André Rodrigues/Arquivo Tribuna do Paraná

O futebol é tão completo que, às vezes, as coisas que parecem ser claras, aparecem em busca de explicações. Da vitória (2×0) sobre o Fortaleza, em Fortaleza, pelo Brasileiro, pode ter ficado uma dúvida para a torcida do Athletico: por que sem Marquinhos Gabriel e Carlos Eduardo, o Furacão, no primeiro tempo, foi brilhante o que não tinha sido nessa temporada? Não há motivo para essa dúvida: jogou o que jogou, exatamente, porque Marquinhos Gabriel ficou em Curitiba, e Carlos Eduardo entrou, quando a vitória por dois a zero já era fato consumado.

Isso não significa que Vitinho, Mingotti e Casenin que jogaram, são soluções definitivas. No máximo, para a formação de um grande time, são simples emendas. O que exerceu influência definitiva para o bom jogo, não foram as suas presenças. Foram as ausências de Marquinhos Gabriel e Carlos Eduardo, que por serem dispersivos, estáticos e ausentes, atuam como mecanismo de trava do time. E, vejam os atleticanos como as coisas estão tão atrasadas na Baixada, que Mingotii e Canesin sendo opções remotas, só foram escalados em Fortaleza, em razão do desgaste do Atletiba do tricampeonato.

A intransigência de Dorival Júnior vai recebendo lições definitivas.

Adriano não era para jogar o Atletiba, mas jogou. No dia seguinte foi mandado embora. Resta saber se o treinador vai insistir com Marquinhos Gabriel e Carlos Eduardo. Aliás, o caso de Adriano, poderia ser causa de responsabilizar quem o contratou. Com um histórico de contusão e erros grosseiros, foi contratado. Ganhou R$3 milhões em um ano, e não jogou dez por cento das partidas do Furacão. Se fosse no gabinete de um político seria possível desconfiar de uma “rachadinha”.

Segue o drama

A derrota do Coritiba para o Internacional (0x1), mesmo sendo no Couto Pereira, não estava fora do roteiro. Às suas carências de campo, somou-se o cansaço físico e psicológico pela derrota no Atletiba. No entanto, nada justifica o fato de não entrar na área ou chutar uma única bola contra a meta colorada.

Não se deve exigir vitórias de Barroca. Mas, já passou da hora de exigir uma intervenção do treinador para que, uma ordem tática, consiga compensar um pouco as deficiências individuais.