Anotações

Contou-me uma pessoa próxima ao poder, que entre os mais diversos motivos que levaram Mário Celso Petraglia a deixar a presidência do Atlético, pensando em estar saindo da linha de tiro, estão alguns indicados como fundamentais: participar diretamente da criação da Liga Nacional e ser o seu presidente, e, a partir da liga, criar um canal exclusivo para os clubes, à qual poderão se associar clubes e pessoas. Soma-se a esses motivos o já notório de entrar no fundo de jogadores que tem o Milan no comando.

Não obstante tamanha ousadia, pergunta-se: e o que o Atlético leva?

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Nas brincadeiras da viagem de volta de Fortaleza, houve quem (jogador, é claro) sugerisse ao eufórico Domingos Moro que lutasse por um prêmio especial pela classificação para a Libertadores. A sugestão foi ampliada: o pedido é de sete por cento sobre o valor da quota que o clube receberá pela participação, ou o equivalente a US$ 350.000,00.

Razoável, não Giovani?

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O avante Marcel foi convocado para a seleção pré-olímpica. Foi fruto do excelente campeonato que faz e, também, da parceria entre Coritiba e Juan Figger. O empresário mantém boas relações com os treinadores de todas as categorias da seleção brasileira.

Não existe nada de ilegal. Depois da extinção do passe, deslocando-se os direitos federativos do clube para os empresários, a ligação entre treinador e agentes é uma conseqüência natural do mercado.

Da forma como vai o mercado, chegará um momento em que os jogadores serão identificados pelos empresários. Assim: na zaga, fulano de Juan Figger; no meio, cicrano de Reinaldo Pitta e no ataque beltrano, de Petraglia.