A questão

Weverton, o goleiro, eis a questão.

O Atlético deve correr o risco com um projeto de ir longe na Libertadores, e por isso, retardar um negócio que é possível, ou por um bom preço negociar os seus direitos?

A questão não é de fácil solução.

Antes é preciso enfrentar uma outra: quanto vale Weverton?

Weverton, aos 28 anos, não é mais um jovem. Para goleiro tem a idade da razão. A inédita medalha olímpica e a integração no grupo da seleção brasileira deram-lhe um valor que fechou qualquer negócio no mercado brasileiro. Por aqui, não há quem consiga bancá-lo. E se houvesse, ninguém bancaria, pois não é cultura dos clubes brasileiros fazerem investimentos grandiosos em goleiro. Resta o mercado do exterior.

Quem quer Weverton? Se há uma proposta oficial, ninguém sabe. Se há, adote-se a cultura de Petraglia para negócios. Ela funciona assim: pode o Atlético estar precisando (e está), mas frio, o seu senhor joga como se tivesse jogando cartas. Não vende por vender, mas para atender uma conveniência imediata do clube.

Minha opinião: se tiver o preço certo, deve negociar. A valorização de um goleiro aos 28 anos de idade é relativa, portanto, vulnerável. De repente, o treinador Tite resolve fazer um rodízio de goleiros na seleção, deixando Weverton de fora. O mercado comprador fica inseguro com qualquer variação, o que implica em perda de valor.

Protesto

Alguns conselheiros do Coritiba por telefone, outros por mensagens, me censuram por ter escrito que é um erro reuni-los mensalmente. Não mudo de opinião. Vou além e pergunto: na última reunião, algum conselheiro perguntou se o clube tinha caixa para pagar a folha de final de ano, que duplica com o décimo terceiro salário? Entendo que o Conselho de qualquer clube só deve ser chamado para discutir matéria que dependa da sua concordância na vida do clube. Do contrário, vira fofoca.

A maioria dos problemas que atravacam a vida do Paraná é o estatuto do qual se origina todo o tipo de Conselho espalhado por todos os lados. Esse sistema absorve o poder da direção, tornando-a refém.