A dose do jogo

Jhonny Lucas foi revelado pelo Tricolor. Foto: Felipe Rosa /Arquivo

Dando férias ao jardim de infância, saindo do mundo juvenil do faz-de-conta, o Athletico volta para o seu mundo real: a Libertadores da América. Lá, na altitude de Cochabamba, faz o jogo que pode classificá-lo para a próxima fase contra Jorge Wilstermann.

O que esperar do Furacão?

Pelas significativas diferenças técnicas, seria possível cravar: Athletico. Mas a questão não pode ser encerrada, assim, tão fácil.

E digo mais: a análise de previsão, com base nas condições técnicas de cada um, quando o jogo não é jogado em condições normais, entra para o campo censurável da especulação.

E esse jogo na altitude de Cochabamba não é normal. Jogar na altitude, já está provado pela ciência, indo além da anormalidade, torna-se desumano.

Não obstante, há um elemento que deve ser considerado que é o benefício das três vitórias na Baixada: não precisando ganhar o jogo, pode controlar o Jorge e diminuir os efeitos da altitude.

Desabafo

O goleiro Wilson desabafou: “A minha vontade de ficar, às vezes, é maior do que a do Coritiba”. Não conheço Wilson, nem sei se ele já ouviu falar de mim, mas afirmo: as suas palavras são de quem não está sendo tratado com sinceridade e respeito.

E garanto mais: ao trazer Alex Muralha custeado pelo Flamengo, o Coritiba reduziu a importância de Wilson, que é o seu maior salário. Justo, aliás.

E quem fomenta essa situação é o gerente Rodrigo Pastana, que foi o responsável pela contratação de Muralha. Para ele, a meta do Coritiba está muita inchada com os dois.

Talvez, pode ser. Mas, sem Wilson, ficará esvaziada. O risco de apostar em Muralha, pode sair mais caro que Wilson.

Duplicata

O Athletico está mandando um caminhão de jogadores para o Paraná. Entre eles, os excelentes João Pedro e Matheus Anjos. Deve pedir uma contraprestação: a ida de Jhonny Lucas para a Baixada. Esse Jhonny é mesmo um fenômeno: desde dezembro de 2018 não joga e não faz nada. No entanto, é tratado pela mídia como ‘joia rara’.