A Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) já descarta a possibilidade de que a morte de dois moradores de rua esteja relacionada. Antônio Agenor Martins, 57 anos, foi morto no domingo (17) e Rogério Barbosa de Aguiar, na terça-feira (19). “Foi uma coincidência muito grande e em regiões próximas, mas uma situação não está ligada com a outra”, explicou a delegada Sabrina Alexandrino.
Os dois crimes aconteceram num trajeto de pouco mais de dois quilômetros. Antônio foi morto num terreno baldio da Rua Deputado Joaquim José Pedrosa, no Cabral, que mais a frente se transforma em Rua Canadá, no Bacacheri, e foi o endereço em que Rogério foi assassinado.
Segundo a delegada, a primeira coisa que levou os policiais a não relacionar um crime ao outro foi a forma em que ambos aconteceram. No de domingo, Antônio foi morto a tijoladas. No de terça-feira, Rogério foi assassinado a tiros (e não a facadas, como a Polícia Militar havia informado anteriormente).
“No caso da morte de Antônio, temos uma linha de que houve confusão entre os próprios moradores de rua, talvez uma disputa por lugar para dormir, algo deste tipo. Inclusive temos informações a respeito e já investigamos. Agora, no caso de Rogério, levantamos os antecedentes e ele tinha vários, inclusive uma passagem por homicídio. Acreditamos que possa ter sido uma vingança, mas ainda trabalhamos para apurar os detalhes”, detalhou Sabrina.
Em ambos os crimes, a DHPP continua trabalhando para levantar os detalhes e ainda busca por imagens de câmeras de segurança. Alguns equipamentos já foram apreendidos e agora os policiais do Instituto de Criminalística devem ajudar na confirmação se gravaram ou não as imagens. “De qualquer forma, para os dois crimes, pedimos a ajuda da população com denúncias para o 0800-643-1121”, finalizou a delegada.