Relembre

Agosto já ficou marcado por outro momentos importantes na política do Brasil

Foto: Reprodução.

Agosto parece mesmo ser um mês para ficar na história da política brasileira. Nesta quarta-feira (31) foi definida a saída da presidente Dilma Rousseff do comando do Brasil, após a votação do impeachment no Senado. Porém, este foi apenas mais um fato de peso ocorrido na nossa política no mês de agosto.

No dia 25 de agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renunciou ao cargo. “Forças terríveis levantam-se contra mim”, disse Jânio na época. A tentativa dele era “voltar nos braços do povo”, como disse ao então ministro da Justiça, Oscar Pedroso Horta. Mas rapidamente houve uma ação política coordenada com os militares que queriam empossar o presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli e “tirar de circulação” o vice João Goulart. Foi necessária uma ampla negociação, vinda após a resistência iniciada no Rio Grande do Sul (a Rede da Legalidade) e liderada por Tancredo Neves, para Jango voltar ao País e assumir a presidência, no entanto num regime parlamentarista, que vigorou até 1963.

Em 22 de agosto de 1976, outro fato importante envolvendo um presidente da República. Juscelino Kubitschek morreu em um acidente de carro na Via Dutra, entre o Rio e São Paulo. Um caminhão cruzou a pista na contramão e atingiu em cheio o Opala em que estava JK. As suspeitas de assassinato nunca foram comprovadas.

Já em 13 de agosto de 2014, o candidato à presidência Eduardo Campos faleceu em um acidente de avião. Campos era o postulante do PSB, se colocando como uma terceira via na polarização entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Estava subindo nas pesquisas quando sofreu o acidente. Sua candidata a vice, Marina Silva, assumiu a candidatura e terminou na terceira posição na eleição.

Mas o fato mais relevante dos “agostos negros” foi o suicídio de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954. Pressionado pelas forças conservadoras, o presidente (que ficou quase 19 anos no poder, de 1930 a 1945 e entre 1951 até a morte) foi envolvido no atentado a Carlos Lacerda, que foi ordenado por seu assessor direto, Gregório Fortunato. “Saio da vida para entrar na história”, disse em sua carta-testamento. A situação de Getúlio foi citada diversas vezes pela ex-presidente Dilma Rousseff e por seus apoiadores durante o julgamento do impeachment.